Supermercados investem em diversificação do mix para aumentar as vendas na Páscoa

Ainda com cenário econômico desafiador, as redes de supermercados buscaram estratégias para acompanhar a tendência com diversas opções de ovos, bombons e barras de chocolate. Após três anos de baixa nas vendas da Páscoa, as fabricantes de chocolate apostam em um período positivo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), o consumo de chocolate cresceu 8% no primeiro semestre de 2017 e a expectativa é que nesta Páscoa as vendas tenham um leve crescimento.

As redes do Grupo Cencosud Brasil – GBarbosa, Bretas, Prezunic, Perini e Mercantil Rodrigues – estão atuando com diferentes estratégias para aumentar as vendas neste período de início de recuperação econômica. O grupo opera no país com mais de 200 lojas e cerca de 26 mil colaboradores em oitos estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe)

Os supermercados Bretas, pertencentes à Cencosud Brasil e que têm unidades localizadas em Goiás e Minas Gerais, estimam um crescimento de vendas de 16% em ovos de Páscoa e de 40% entre as barras de chocolate e bombons, na comparação com o mesmo período do ano passado. As lojas dessa bandeira estão com promoções para a venda dos ovos, com 50% de desconto na compra da segunda unidade, desde que seja da mesma marca, tipo e gramatura. “Vamos oferecer ao consumidor seis marcas e mais de 100 tipos de ovos, caixas de bombons e chocolates personalizados”, afirmou o gerente Comercial de Mercearia do Bretas, Kleber Melo.

A rede GBarbosa, presente em cinco estados do Nordeste, tem a perspectiva de 15% de crescimento em vendas, em relação ao mesmo período do ano passando, sendo as barras de chocolate e as caixas de bombons responsáveis por 70% das vendas e os tradicionais ovos, 30%. As lojas apostam na variedade de produtos, ovos pequenos, médios e grandes; chocolate branco, ao leite, crocante; com brinquedos e sem brinquedos; importados da Suíça, Polônia e Chile; diets e zero lactose.

A carioca Prezunic espera vender 6 toneladas de chocolates, com um crescimento de 8% nas vendas durante o período de Páscoa. De acordo com Raquel Oliveira Hotz, responsável pelas compras de bomboniere da rede, a expectativa do grupo para a Páscoa desse ano segue a tendência do mercado varejista. “Estamos prevendo um crescimento alinhado com o mercado, conforme planejamento da indústria. Calculamos um crescimento de 10% no ticket médio, que é o valor médio de venda por usuário, em relação a 2017”, explica. A companhia acredita que haverá um aumento da procura por caixas de bombons e barras de chocolate, que são alternativas mais baratas. A rede também garantiu bons estoques de colomba de Páscoa, que vem ganhando espaço na mesa dos consumidores como sobremesa da Semana Santa.

A rede Perini – com oito lojas em Salvador e uma no Recife – lançou a opção de montagem de ovos com dois sabores diferentes, formando um ovo meio a meio. Os sabores são chocolate ao leite, branco, crocante, meio amargo ou diet. O cliente tem a opção de levar dois em uma única embalagem. Há também a possibilidade de personalizar os ovos de Páscoa com opções customizadas, como o ovo com mensagens personalizadas escritas na casca e os ovos com presentes no interior, ambos sob encomenda. Os produtos são confeccionados de maneira artesanal, sem conservantes e tem como matéria-prima chocolate belga. Outra opção são as casquinhas recheadas com doce de leite, brigadeiro e creme de avelã.

Já na rede atacadista Mercantil Rodrigues, o gerente Comercial Luiz Maciel diz que a preferência é pelas caixas de bombons: “trabalharemos com incremento de 30% em relação ao ano anterior. Esse é o principal item da linha de bomboniére em vendas no período da Páscoa, com destaque para Nestlé, Garoto e Lacta”.

Pescados e azeites

Além dos ovos de Páscoa, há uma gama de produtos que compõem a ceia da Semana Santa, como peixes, azeites, vinhos e outras sobremesas. As lojas do grupo contam com um sortimento médio superior a 100 itens em peixaria, entre salmão e peixes regionais de água doce e salgada, como badejo e robalo. No varejo, a expectativa com relação à venda de pescados é aumentar 11% em relação a 2017, com um volume acima de 400 toneladas, sendo 50% de itens importados da Noruega, Portugal, Argentina e China. No atacarejo, a expectativa da rede Mercantil Rodrigues é crescer em média 20% em pescados, 30% em azeites e óleos e 20% em vinhos nacionais de mesa.  Já a rede carioca de supermercados Prezunic espera vender 200 toneladas de peixe durante a Quaresma, sendo 150 toneladas só de bacalhau, e ampliar em 10% as vendas na comparação com o ano passado.

*Imagem reprodução

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