Já falei recentemente em outro artigo que o conceito de inovabilidade é algo que está unindo o melhor do que tivemos em termos de inovação e sustentabilidade nos últimos anos. E hoje é um tema indissociável quando se fala de negócios, já que estamos falando de um ecossistema que produziu nos últimos anos mais de uma dezena de milhares de startups, além de ter trazido de vez a pauta do ESG para as mesas de desenvolvimento de negócios.
Para acompanhar essa movimentação e seguir inovando, todas as cadeias precisam continuar a investir nessas duas frentes. As startups têm se mostrado fundamentais para essa continuidade, especialmente no varejo, como se provou nesse último mês de abril, quando registrou quatro aportes consideráveis, incluindo um unicórnio – como é conhecida uma startup com valuation de mais de 1 bilhão de dólares.
As inovações possíveis trazidas pelas startups têm tudo para reabilitar setores que perderam nos últimos anos, ajudando a otimizar deliveries, logística, armazenamento e outros pontos do balcão para dentro. Além de levar para o universo online experiências ainda inéditas e que estavam presentes no varejo físico.
As retailtechs, como são conhecidas as companhias de tecnologia do varejo, chegaram a levantar pomposos cheques de investidores, com algumas delas atraindo quantias que variam de US$ 40 milhões a US$ 100 milhões. Isso significa que, para além da aceleração dos investimentos, há um horizonte ainda grande para o crescimento da inovação, já que temos visto muitos aportes realizados em empresas que estão promovendo a transformação digital do nosso setor varejista.
Não à toa também é que os grandes players do setor têm promovido a aceleração destas startups, que colaboram para que eles elevem a curva de inovação. Um nome de peso internacional, como Jeff Bezos, fundador da Amazon e segundo homem mais rico do mundo, foi também um dos recentes investidores nessas startups de atuação no varejo brasileiro, o que mostra o quão avançados estamos em termos de ver e sermos vistos em nossos potenciais.
Nós, do Grupo Bittencourt, também apostamos nos últimos anos em investimentos e parcerias que hoje se consolidam como um sucesso, como no caso da StreamShop, que foi acelerada por nós e atualmente é responsável pelo live commerce e ações de social selling de grandes marcas. A companhia trouxe tanta inovação que foi capaz de atrair produtos e serviços de bancos e outros players para um modo de venda até então inédito no país e que hoje caminha para a consolidação.
Investir no ecossistema de startups hoje não é mais uma inovação em si ou um passo à frente, é apenas o caminho mais rápido para acessar novas formas de fazer e testar mercados. De fato, a inovabilidade será acelerada.
Lyana Bittencourt é CEO do Grupo Bittencourt.
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