Cidades ligadas ao turismo e agronegócio lideram expansão de franquias no País

Segundo ranking da ABF, número de unidades avança para fora do eixo Rio-São Paulo

A expansão das franquias em número de unidades avança para fora do eixo Rio-São Paulo, em outras capitais, algumas ligadas ao agronegócio, nas regiões metropolitanas e no interior do País. É o que revela o ranking das 30 Maiores Cidades em crescimento de número de unidades de franquias divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Dessas 30 cidades, 12 não são capitais. A maior variação no número de pontos de venda (PDVs) de franquias ocorreu em Manaus, capital do estado do Amazonas, na Região Norte. Entre o primeiro semestre de 2021 e o deste ano, o número de franquias saltou de 1.206 para 1.629, uma expansão de 35,1%. Muito ligada ao turismo, a cidade Manaus vivenciou esse período de forte recuperação do segmento de hotelaria e turismo, que estão entre os que mais cresceram nos dois últimos semestres.

Com crescimento possivelmente associado ao agronegócio, Cuiabá, capital de Mato Grosso, vem em segundo lugar, com variação positiva de 31,7%, passando de 840 para 1.106 unidades.

A capital mineira Belo Horizonte, no Sudeste, que está ligada tanto à maior demanda por turismo quanto pelas commodities, ficou em terceiro lugar, com 30,9% – de 3.435 para 4.497 operações.

São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, aparece em quarto lugar e é a primeira cidade não capital entre as dez maiores. O número de operações passou de 1.044 para 1.363, com variação de 30,6%.

Na quinta posição, vem outra cidade paulista: Santo André, na região metropolitana da capital, com 27,7% de variação e salto de 1.020 para 1.303 unidades.

Da sexta a nona posição reaparecem as capitais: Curitiba (PR), em sexto lugar, com variação de 27,2% e alta de 3.076 para 3.913 unidades; Florianópolis (SC), em sétimo, com 25,6%, passando de 1.026 para 1.289; Salvador (BA), em oitavo, com 25,3%, ampliando de 2.132 para 2.672, e Campo Grande (MS), em nono, com o mesmo percentual, passou de 961 para 1.204 PDVs.

Fechando a lista das top 10 em crescimento de unidades, vem Jundiaí, no interior de São Paulo, também com 25,3% de variação e alta de 800 para 1.002 unidades.

“Além de fatores locais, essa expansão se deve ao movimento de recuperação do franchising após dois anos de pandemia; das redes aproveitando os espaços vagos e melhores condições de negociação; àquelas que estavam melhor estruturadas e que conseguiram se adequar mais rapidamente ao novo cenário, retomando também de forma mais ágil seus planos de expansão”, afirma André Friedheim, presidente da ABF.

Top 20

No grupo das 20 cidades que mais cresceram em número de unidades no primeiro semestre, São José dos Campos (SP) ocupa o 11º lugar, seguida da capital federal Brasília (DF), em 12º. Na 13ª posição figura outra capital, Belém (PA), e São Paulo (SP) vem a seguir, em 14º lugar. A capital Recife (PE) ficou na 15ª posição e em 16º vem a também capital Goiânia (GO).

Niterói (RJ), segunda maior cidade do Estado em população, ficou com o 17º lugar. Já Guarulhos (SP), igualmente o segundo município paulista em número de habitantes e integrante da Grande São Paulo, ficou em 18º.

A lista das top 20 é encerrada por outras duas cidades paulistas: São Bernardo do Campo (19º lugar), na região metropolitana de São Paulo, e Ribeirão Preto (20º), no Interior.

Nesse grupo, o levantamento mostra uma expansão maior em cidades da Grande São Paulo e em polos do interior do Estado.

No primeiro caso, esse movimento pode ser explicado a fatores como a crescente utilização do e-commerce, à adoção do “home office” ou do modelo híbrido de trabalho e ao menor deslocamento das pessoas, que acabam por consumir em suas cidades de origem. Já no caso dos polos do interior, a expansão está associada, entre outras razões, ao agronegócio.

Top 30

Fechando o ranking da ABF das 30 cidades com maior variação positiva em número de unidades, a capital gaúcha Porto Alegre (RS) lidera o terceiro bloco, em 21º lugar. A capital fluminense Rio de Janeiro (RJ) vem logo após, em 22º. Uberlândia (MG), no interior do Estado, ocupa a 23ª colocação. Outra cidade do interior, Campinas (SP), figura no 24º posto. A seguir a lista traz outra capital: São Luís (MA), na 25ª posição.

Cidades interioranas e capitais de diferentes regiões completam o ranking: Londrina (PR), em 26º lugar e Sorocaba (SP), 27º, e as capitais Fortaleza (CE), em 28º, Maceió (AL), 29º, e João Pessoa (PB), em 30º.

“É possível observarmos também que, com a pandemia, as franquias que mais avançaram na digitalização ou que lançaram novos modelos de negócios, novas propostas de serviços, exploraram novos nichos, com a estabilização, aceleraram sua expansão, o que refletiu no crescimento do número de operações nessas cidades. A tendência é que a capilaridade avance ainda mais e a interiorização das franquias se intensifique nos próximos anos”, destaca o presidente da ABF.

Imagem: Shutterstock

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