Equinor começa a operar primeiro barco híbrido a bateria e diesel no Brasil

A unidade atua na logística do campo de Bacalhau, na Bacia de Santos

Equinor

A petroleira norueguesa Equinor começou a operar esta semana o primeiro barco híbrido em mares brasileiros. Um banco de baterias instalado na embarcação permite alternar o uso de energia elétrica e diesel, o que, segundo a companhia, reduz em até 40% suas emissões de carbono.

A unidade híbrida da Equinor atua na logística do campo de Bacalhau, na Bacia de Santos. A Equinor é operadora do campo, com participação de 40%, em consórcio com ExxonMobil 40%, Petrogal Brasil 20% e Pré-sal Petróleo SA (PPSA).

Trata-se de barco do tipo PSV (Platform Supply Vessel, em inglês), unidade que serve ao abastecimento de plataformas. Eles são responsáveis por transportar, do continente até as unidades offshore, os suprimentos e equipamentos necessários para a operação dos ativos.

O emprego da embarcação híbrida em operação da Equinor é fruto de contrato da petroleira com o grupo brasileiro CBO. A parceria prevê a conversão de um novo barco do tipo PSV para o modelo híbrido em 2024.

Com isso, a Equinor coloca em prática uma nova rota à descarbonização da navegação, alternativa, por exemplo, ao uso de combustíveis marítimos com mistura de biocombustíveis. No fim de junho, a Petrobras anunciou testes de um bunker com 24% de biodiesel em sua composição.

Agenda verde

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou nesta quinta-feira, 30, que o governo vai lançar cinco editais para financiar projetos de agenda climática e ambiental. Os valores somam R$ 20,85 bilhões. A informação foi dada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde é realizada a 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP28.

Os editais estão no âmbito do programa Mais Inovação Brasil e serão direcionados para iniciativas nas áreas de transição energética, bioeconomia, infraestrutura e mobilidade. O lançamento das concorrências públicas será nesta sexta-feira (1º de dezembro), no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na COP28.

A liberação da verba é fruto de parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Com esses editais, vamos apoiar tecnologias para geração de energia a partir de fontes sustentáveis e para a produção, armazenamento, transporte e uso de hidrogênio de baixa emissão de carbono”, disse a ministra, acrescentando que o desenvolvimento de biocombustíveis e projetos de descarbonização da mobilidade urbana e da aviação também estão no centro das atenções.

Com informações de Estadão Conteúdo (Gabriel Vasconcelos)
Imagem: Shutterstock 

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