No varejo físico a palavra de ordem é buscar boa rentabilidade de loja por m2. E como buscar esse resultado num contexto de grande competitividade, margens cada vez menores, um consumidor muito exigente e cada vez mais digital?
Profissionais do varejo e da indústria têm quebrado a cabeça para gerar mais valor em seus negócios com custos cada vez menores. Otimização, produtividade e eficiência operacional são pautas constantes nas agendas desses executivos.
Ao buscar alternativas, um dos modelos que fazem sentido em alguns setores é o formato store in store. Significa, literalmente, loja dentro da loja. Como isso funciona? Um exemplo clássico é uma livraria que tem um café em suas dependências, ou floricultura e lavanderia dentro de um supermercado. A ideia principal é um estabelecimento complementar o outro, um se beneficiar do fluxo do outro.
A instalação desse modelo favorece a jornada de compra, na qual o consumidor permanece mais tempo dentro das lojas ao encontrar no interior delas um novo serviço. Além disso, é a oportunidade que o cliente tem de ser atendido por especialistas com ofertas e soluções mais completas. Se houver sintonia entre as lojas, pode ser uma relação perfeita para todos.
Em tempos difíceis, você aliar maior fluxo de clientes e ticket médio mais alto com a possibilidade de dividir custos fixos de espaço, energia elétrica, estacionamento, segurança, limpeza, entre outros, pode significar a fronteira entre ganhar ou perder dinheiro.
Mas antes de partir para um movimento como esse, é fundamental analisar o perfil do público da loja principal, para saber se existe uma sinergia entre as mercadorias e serviços oferecidos pelos dois negócios. Se realizado de forma coerente e com uma comunicação bem pensada e executada, a associação das duas marcas pode elevar prestígio e percepção de valor de ambas.
Esse modelo de lojas já existe em mercados desenvolvidos há quase duas décadas e vem crescendo no Brasil, principalmente no ramo de franquias, já que o investimento inicial e o risco são menores para os empreendedores. Além disso, estudos apontam que a lucratividade de lojas no modelo store in store é, em média, 25% maior que a das demais.
Mas não é só para o varejo que o modelo é uma oportunidade. Se utilizar desse formato também pode ser uma maneira muito eficiente da indústria se aproximar diretamente do seu consumidor. Com planejamento e estudos consistentes, essa opção é efetiva para a marca criar um novo canal de vendas e estabelecer um relacionamento com consumidores com ganhos além do modelo tradicional, onde a indústria tem seu foco exclusivo na fabricação e distribuição de produtos. Leia nosso e-book sobre estratégias, formatos e modelo de negócios: As marcas em contato direto com o consumidor.
Gerar uma experiência diferenciada para os consumidores, trabalhar melhor o sortimento no PDV e coletar informações dos clientes podem ser recursos muito valiosos numa estratégia de diferenciação.
Vivemos na OMNIERA e num mundo cada vez mais OMNICHANNEL, o ponto de partida para qualquer reflexão estratégica passa pela premissa de que o OMNICONSUMIDOR está no epicentro das decisões. Por isso, iniciativas de parcerias bem estruturadas entre indústria, varejo e e-commerce, baseadas em estratégias de integração de canais, certamente gerarão valor para seu negócio e melhorarão o resultado de sua operação.
Não custa lembrar que uma relação de negócios só se sustenta quando ambos os lados ganham e as regras são combinadas antes do jogo começar.
NOTA: A GS&Consult, consultoria de negócios do Grupo GS& Gouvêa de Souza especialista em varejo e comportamento de consumo, possui metodologia de trabalho baseada na busca dos melhores modelos de atuação para estratégias de integração de canais e formatos de loja.
Saiba mais sobre nossa atuação e cases em: www.gseconsult.com.br.
* Imagem reprodução