Por Artur Motta*
Na última NACS, realizada no início de outubro, em Las Vegas, havia uma grande área de exposição de soluções de foodservice. Algumas tradicionais, outras altamente disruptivas, mas certas tendências são muito aderentes à realidade em que vivemos no País e nos permitem refletir sobre oportunidades ainda pouco exploradas. Compartilharei algumas delas:
Take Home
Há, cada vez mais, consumidores adquirindo refeições, com pouca ou nenhuma necessidade de preparo, para consumo em suas residências. Além do conforto do lar, esse movimento decorre da falta de tempo, mudança no perfil social da população, nova tecnologias, entre outras.
Em momentos anteriores, destacamos a evolução do foodservice e a necessidade de prover experiência no espaço de consumo. Esse ano, ficou evidente que o consumo está migrando de local e as lojas de proximidade são um modelo aderente à oportunidade.
Observamos que há fornecedores se especializando em soluções distintas, quando se trata de “Take Home” para casa e “Take Home” para o ambiente de trabalho. Nitidamente, propostas de consumo distintas.
Apresentação
Merece destaque a evolução na qualidade das embalagens, apresentação dos produtos e propostas de conservação. Gôndolas e embalagens impactantes e apetitosas convidam ao consumo. A atenção ao apelo visual dos produtos resulta na conquista de espaços nobres na loja.
Quero destacar a proposta da Maki Shop, em Washington (EUA), que entrega sushis com os ingredientes embalados individualmente, permitindo melhor conservação. Na página inicial do site você poderá verificar a proposta deles.
Customização
Relevante também foi a quantidade de soluções para oferecer customização no preparo e consumo dos produtos de foodservice, muitas vezes operadas pelo próprio consumidor.
Encontramos pizzas customizadas, sanduiches customizados, cafés customizados e conseguimos testar a máquina que customiza a Coca-Cola. Veja um demo no vídeo:
Essas propostas são interessantes e permitem oferecer incontáveis alternativas aos consumidores, atendendo uma gama maior de necessidades e atraindo consideravelmente mais clientes.
Modelos de interação similares vêm sendo testados e explorados por diversas empresas, em uma tentativa de atrair os millennials, uma massa de 80 milhões de pessoas nos EUA. Mas as propostas para fidelizar esse público abordaremos no próximo texto.
Para saber mais sobre o que vimos no NACS veja:
*Artur Motta (artur.motta@gsmd.com.br) é diretor de Consultoria da GS&AGR Consultores