Em 72,2% das empresas não há capacitação para as lideranças sobre a demissão

Segundo pesquisa da GPTW, em 52,9% das empresas o responsável pelo desligamento é a liderança direta

Em 72,2% das empresas não há capacitação para as lideranças sobre a demissão

Embora o desenvolvimento de profissionais de todos os níveis hierárquicos, principalmente da liderança, seja considerado importante, 72,2% das empresas não investem em treinamento ou capacitação para as lideranças sobre a demissão.

Segundo a pesquisa Employee Experience, do Great Place To Work (GPTW), em apenas pouco mais da metade das instituições (54,9%) há critérios definidos para a demissão, o que significa que em 45,1% não há elementos bem definidos nesse sentido.

Ao serem perguntadas sobre quem é, geralmente, responsável pelas demissões, 52,9% das empresas responderam que é a liderança direta, seguida do responsável pelo RH em conjunto com a liderança direta (36,9%) e apenas 6,7% do RH sozinho. Já a pessoa responsável por ocupar o cargo de CEO é a que menos faz parte desse processo de demissão, 3,4%.

“A falta de treinamento e orientação para as lideranças realizarem o processo de despedida pode prejudicar bastante a experiência das pessoas nesse encerramento de suas jornadas nas empresas. Além disso, em tempos em que tanto falamos e defendemos uma demissão humanizada, com processos e comunicações mais empáticos e personalizados, é preocupante que líderes não estejam recebendo a devida qualificação para colocarem isso em prática”, afirma Daniela Diniz, responsável pela pesquisa e diretora de Conteúdo e Relações Institucionais do GPTW.

Etapas do processo

O estudo indica ainda que em 84,2% das empresas a demissão ocorre durante uma reunião individual. Em 54,4% dos casos há comunicação para a equipe após o anúncio da saída do colega e uma pesquisa para avaliação da experiência do colaborador (54,6%). O recurso menos citado foi a comunicação por escrito para o funcionário (34,1%).

Por fim, 86,5% das respostas indicam que a empresa já recontratou um colaborador após seu desligamento, provando que com um bom nível de employee experience, é possível facilitar o processo de retorno de um talento que se despediu anteriormente, caso faça sentido para a realidade do negócio e do profissional.

Imagem: Shutterstock

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