Walter Longo fala sobre ter alma digital para gerir negócios na era pós-digital

Walter Longo, sócio-diretor da Unimark Comunicação, destacou a importância de se ter uma “alma digital” para acompanhar os novos tempos, em que as tecnologias assumem um papel de destaque, durante palestra no LATAM Retail Show. “A verdade é que ter uma alma digital é mais uma questão de ótica do que de fibra ótica”, disse.

A gestão mudou. As estruturas corporativas precisam ser horizontais e não mais verticais, é necessário investir em big data, analitics, transformar os gastos fixos em variáveis, entre muitas outras mudanças.

O executivo destacou a nova forma de ser e pensar das novas gerações. “Eles não querem ter compromissos, querem ter uma vida como a dos videogames, em que morreu, começa de novo e se vive novamente. Eles querem mudanças a todo tempo”. Para ele, é necessário que as empresas se adaptem a esse novo pensamento.

“Para as novas gerações, é mais importante ser do que ter. Eles não querem compromissos. A vantagem é que a adolescência é uma doença que passa. Antes passava aos 18, agora passa aos 35… O bom é que eles serão consumidores até os 90 anos!”, brincou.

Longo destacou a efemeridade dos novos tempos. Nada permanece igual por muito tempo. “Hoje não são apenas as empresas que fazem errado que fecham. As que fazem o certo por tempo demais, que não mudam também fecham”, explicou.

Análise de dados adquiriu uma enorme importante na gestão. “Nossos bancos de dados se tornaram um bando de dados. Ter os números e as informações não é o suficiente”, falou Longo. Para ele, a internet das coisas conectará tudo, transmitindo dados a todo o tempo. “As Barbies estão sendo produzidas com chips, para que a Mattel saiba quanto tempo as crianças passam brincando com elas e quanto tempo as bonecas permanecem guardadas. Isso servirá para incentivar a brincadeira. Saberemos tudo o que queremos e o que não queremos saber”.

Para concluir, Walter falou sobre a importância das empresas terem mais mulheres em seus quadros. “Homens são analógicos, mulheres são digitais. Homens são competitivos, mulheres são colaborativas. Ou seja, elas são importantes para trazer equilíbrio para os negócios. As empresas precisam das características femininas”, disse.

(Foto: Terassan Fotografia​)

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