China decide não impor restrições a importações de conhaque europeu e ações do setor disparam

Os papéis de Pernod Ricard e Remy Cointreau chegaram a saltar 3,03% e 4,02%, respectivamente, na Bolsa de Paris

China decide não impor restrições a importações de conhaque europeu e ações do setor disparam

A China não vai impor restrições protecionistas às importações de conhaque europeu, em uma decisão que se traduziu em fortes ganhos para as ações do setor nesta quinta-feira, 29. Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês informou que, após investigação, decidiu não adotar medidas antidumping contra a bebida alcoólica oriunda do Velho Continente, pelo menos por enquanto.

Em resposta à notícia, os papéis de Pernod Ricard e Remy Cointreau chegaram a saltar 3,03% e 4,02%, respectivamente, na Bolsa de Paris, por volta das 10h20 (de Brasília).

Na semana passada, Pequim abriu uma apuração oficial sobre as importações de produtos lácteos da Europa, o que foi interpretado como uma retaliação pelos esforços da União Europeia (UE) de cobrar tarifas de veículos elétricos chineses.

Veículos chineses x Europa

A Comissão Europeia revisou as tarifas sugeridas para veículos elétricos (EVs, na sigla em inglês) importados da China, no que classificou como um “passo intermediário” das investigações antissubsídios.

O documento determina um pequeno ajuste para baixo nas tarifas da BYD (de 17,4% a 17%), da Geely (de 19,9% a 19,3%) e da SAIC (de 37,6% a 36,3%). De acordo com a Comissão Europeia, esse ajuste considera a cooperação das empresas durante o processo de investigação e, por enquanto, é apenas um rascunho das taxas propostas. Outras empresas chinesas que cooperaram com a investigação terão taxa de 21,3% e todas as empresas que não cooperaram serão taxadas em 36,3%.

Já a Tesla, que tem parte de sua produção sediada na China, teve as taxas revisadas de 20,8% para 9%. A Comissão Europeia decidiu “conceder um direito a taxa individual” para a empresa americana como uma exportadora da China.

Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires/André Marinho)
Imagem: Shutterstock

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