O governo chinês criticou nesta segunda-feira, 30, o controle dos Estados Unidos sobre as exportações de tecnologia, classificando-o como uma violação comercial, depois que o Japão e a Holanda concordaram em se juntar a Washington para limitar o acesso de Pequim a materiais usados na fabricação de chips de processadores avançados. Segundo os países, os chips poderiam ser usados em armas.
O Ministério das Relações Exteriores acusou Washington de abusar dos controles de exportação e de organizar outros governos para “manter sua hegemonia” e conter a China.
Os Estados Unidos estão tentando impedir a China de adquirir os chips de processador mais poderosos, com como a tecnologia que ajudaria sua indústria a fabricá-los. Washington diz que eles podem ser usados para fabricar armas e facilitar a vigilância do Partido Comunista e sua capacidade de cometer abusos aos direitos humanos.
“Isso viola seriamente os princípios do mercado e a ordem do comércio internacional”, disse a porta-voz do ministério chinês, Mao Ning, acrescentando que o movimento “prejudica a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais.”
O Partido Comunista investiu bilhões de dólares para desenvolver sua própria indústria de chips, mas seus fornecedores ainda precisam de equipamentos de fabricação estrangeiros, matérias-primas e outras tecnologias.
Parceiros dos EUA
O Japão e a Holanda vão começar a restringir as exportações de equipamentos avançados de fabricação de chips para a China, unindo esforços com o governo de Joe Biden para retardar o desenvolvimento militar de Pequim, cortando o acesso do país asiático a tecnologias avançadas.
Firmado na sexta-feira, 27, em uma reunião em Washington entre altos funcionários de segurança nacional dos três países, segundo pessoas familiarizadas com a situação, o acordo é resultado do esforço do governo Biden para convencer aliados a implementar controles de exportação em suas empresas com tecnologias críticas.
O acordo vem na esteira da decisão de Washington, em outubro, de impor amplas restrições à exportação de chips e equipamentos avançados fabricados pelas empresas nos Estados Unidos. O acordo, que foi relatado anteriormente pela Bloomberg, não foi formalmente anunciado por nenhum dos três países, destaca a Dow Jones Newswires.
Sob a regra anunciada pelos Estados Unidos no ano passado, os fabricantes de chips são obrigados a obter uma licença do Departamento de Comércio para exportar certos chips usados em cálculos avançados de inteligência artificial e supercomputação necessários para sistemas de armas modernos
Com informações de Estadão Conteúdo:
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