Confiança do Comércio registra segunda alta consecutiva e sobe 1,1 ponto em março

Patamar médio do primeiro trimestre de 2023 ficou abaixo do final do ano passado, mantendo a trajetória negativa pelo segundo trimestre consecutivo

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O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE subiu 1,1 ponto em março para 86,9 pontos, registrando a segunda alta consecutiva. Na métrica de médias móveis trimestrais houve virtual estabilidade, com variação de -0,1 ponto.

A alta do ICOM em março foi concentrada em 2 dos 6 principais segmentos do setor embora, mas com avanço nos dois horizontes temporais mensurados. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) variou 0,3 ponto para 86,9 pontos, pelo segundo mês consecutivo, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) que tinha caído em fevereiro, voltou a subir 1,6 ponto, para 87,3 pontos.

“Depois de uma virada de ano negativa, a confiança do comércio voltou a subir pelo segundo mês consecutivo. Em março, houve alta nos indicadores dos dois horizontes temporais, influenciados por uma melhora na situação atual e nas perspectivas mais otimistas no horizonte de seis meses, mas ainda distantes das perdas recentes, mantendo o indicador em nível historicamente baixo. Para esse cenário se sustentar seria necessário, nas próximas divulgações, resultados mais positivos e com maior amplitude, o que não parece ser o caminho dado o ambiente macroeconômico delicado”, avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

Evolução trimestral da confiança do comércio

Apesar da recuperação da confiança nos últimos dois meses, o patamar médio do primeiro trimestre de 2023 ficou abaixo do final do ano passado, mantendo a trajetória negativa pelo segundo trimestre consecutivo. A continuidade desse cenário desfavorável foi influenciada pela piora na percepção da situação atual, que registrou queda de 9,1 pontos na passagem trimestral, enquanto o IE-COM caiu 1,9 ponto. “Esse resultado reforça o cenário de desaceleração do setor em 2023, especialmente pela queda mais acentuada nos indicadores do presente, sugerindo demanda ainda em ritmo fraco. Os últimos resultados ainda foram insuficientes para reverter essa tendência”, completa Tobler.

Imagem: Shutterstock

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