A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 1,9% em abril na comparação com o mês de março. O índice é calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e apresentou a segunda queda seguida, após a redução de 0,4% em março. Esta segunda baixa mantém o indicador abaixo dos 100 pontos, que separa o cenário positivo do negativo para aquisição de bens duráveis. A última que vez que o indicador ficou em patamar acima dos 100 pontos foi em abril de 2015, quando esteve em 102,9 pontos.
Este cenário adverso acontece bem no momento de estimulação às compras de bens duráveis para o Dia das Mães. De acordo com os economistas da CNC, “as incertezas de curto prazo quanto aos rumos da economia, em virtude principalmente das dificuldades de melhora no mercado de trabalho, contribuíram para compor um quadro de relativo desânimo entre as famílias brasileiras”.
Todos os subíndices que compõem o indicador caíram na transição de março para abril. A última vez que isso aconteceu foi em julho de 2018, quando o país tentava se recuperar dos impactos da greve dos caminhoneiros.
Os subíndices que mais colaboraram para a queda do ICF foram Momento para Duráveis (-5,8%), Perspectiva de Consumo (-3,3%), Perspectiva Profissional (-1,7%) e a avaliação quanto ao Emprego Atual (-1,6%).
Outro fator que afeta o consumidor é o acesso mais restrito ao crédito. Cerca de 39% dos entrevistados reportaram mais rigidez das empresas para liberar recursos.
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