O varejo brasileiro está retornando os níveis pré-pandemia, com o fluxo de consumidores em alta. É o que indica o levantamento do Índice de Performance do Varejo (IPV), organizado pela venture capital HiPartners Capital & Work em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
Na comparação com maio de 2021, o mês de junho teve um crescimento de 1,2% no fluxo de consumidores das lojas físicas e de 3% nos shopping centers. As lojas situadas nos centros de compras, em contrapartida, tiveram um leve recuo (-0,1%). Já as localizadas nas ruas subiram 1% no período.
Na análise regional das lojas físicas, o Sudeste foi a única com crescimento: 4,4%. O Centro-Oeste teve a pior queda, com -7,4%, seguido por Nordeste (-3,6%), Norte (-3,3%) e Sul (-2%). Entre os shopping centers, a movimentação no Nordeste foi 8,8% superior e no Sudeste, 4,5%. No Sul houve registro de -11,5%. Os centros de compras do Centro-Oeste e do Norte não tiveram amostragem significativa no levantamento.
Nas categorias, moda foi a que teve o maior aumento no levantamento mensal, com 11%. Drogaria subiu 7,4%, enquanto home center cresceu 5,4% e departamento subiu 2,2%. Beleza, por sua vez, teve a maior queda, com -15,6%. Também caíram eletroeletrônicos (-5,08%), utilidades domésticas (-4,1%), ótica (-0,8%) e calçados (-0,1%).
Crescimento do fluxo de consumidores
Os dados do IPV indicam que o varejo brasileiro demonstra uma consolidação em suas estratégias, conseguindo atrair os visitantes de volta num cenário de reabertura pós-pico da pandemia. O estudo também indica que as lojas físicas vêm passando uma imagem de proteção contra a pandemia.
O crescimento no fluxo de consumidores foi significativo na comparação com junho de 2020, quando o comércio brasileiro começava a reabrir as portas após dois meses de pandemia.
Houve crescimento de 184,5% no fluxo de consumidores nos shopping centers e de 63,4% nas lojas físicas. Os pontos de venda estabelecidos em centros de compra tiveram o maior salto, com 150,1%, enquanto os localizados em ruas caíram 8%.
Na análise regional, as lojas físicas localizadas no Sudeste tiveram o maior aumento, com 110,8%. No Nordeste, o crescimento foi de 60,5%, seguido pelo Sul, com 43,3%. O Norte cresceu 4,8% e o Centro-Oeste registrou -26,8%. O acumulado do ano no Brasil, contudo, ainda é negativo: -7,4%.
Entre os shopping centers, a região Sudeste teve um salto de 469,2%. No Sul aumentou 79,3% e no Nordeste, 44,7%. Os centros de compras localizados no Centro-Oeste e no Norte não tiveram amostragem significativa no levantamento. No acumulado do ano, a queda nacional é de -18,3%.
Entre as categorias, apenas três tiveram quedas na comparação com junho de 2020: departamento (-13,9%), home center (-13,6%) e drogaria (-1,7%). Ótica teve o maior aumento, com 210,8%, seguido por utilidades domésticas, com 202,8%, e moda, 152,5%. Também subiram: eletroeletrônicos (73,9%), departamento (22,7%) e beleza (5,2%).
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