Governo francês continua mobilizado para bloquear acordo entre UE e Mercosul, diz ministra

Produtores rurais de ao menos sete países da protestam contra acordos comerciais com nações de fora do bloco

Governo francês continua mobilizado para bloquear acordo entre UE e Mercosul, diz ministra

O governo francês continua mobilizado para bloquear a ratificação do acordo entre União Europeia e Mercosul, disse a ministra do Comércio do país, Sophie Primas, durante sessão de perguntas de parlamentares ao governo.

“Se este acordo é bom para o comércio, não é bom para a agricultura e o ambiente”, afirmou ela, notando que é preciso convencer os legisladores europeus de que há outro arranjo possível.

No início deste mês, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que não poderia apoiar a proposta de acordo porque seria prejudicial para a produção interna francesa, sobretudo a agricultura e a indústria local. Segundo Macron, a prioridade número um de seu governo é impulsionar a atividade, e um acordo com o Mercosul prejudicaria as metas de crescimento da França.

Nos últimos meses, produtores rurais de ao menos sete países (Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Itália, Romênia e Polônia) fizeram protestos contra acordos de livre comércio com países fora do bloco.

Visita oficial à Comissão Europeia

Na semana passada, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, se reuniu com o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis. Segundo o MDIC, ambos se mostraram otimistas com o avanço das discussões sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o bloco europeu. A expectativa do governo brasileiro é que o tratado possa ser concluído ainda neste ano.

Na reunião, Alckmin reiterou o compromisso do Brasil de trabalhar pela conclusão do acordo e ressaltou que as ações do governo brasileiro com a pauta da sustentabilidade colocam o País como um dos líderes mundiais da descarbonização, informou o MDIC.

“Alckmin destacou, por exemplo, o fato de o País ter uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e citou medidas de proteção das florestas”, afirmou a pasta.

Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Prado, especial para a AE)
Imgem: Shutterstock

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