Transmissão esportiva global é transformada por novos players e acesso ao digital

O fã de futebol liga a televisão e assiste à partida deixando para comentar a vitória do seu time para o dia seguinte. O consumo de conteúdo esportivo podia ser assim, mas tudo mudou com a ascensão do digital. Hoje, é possível assistir a partida no celular, ao mesmo tempo em que se comenta o desenrolar do jogo nas redes sociais e no WhatsApp.

Esta mudança impacta a transmissão esportiva como um todo, as empresas patrocinadoras, os times e as ligas. “Da perspectiva do consumidor e de quem distribui o conteúdo, a transformação digital elevou de forma exponencial as possibilidades, o contato entre o esporte e seus seguidores. Abrangente tanto do ponto de vista tecnológico quanto do modelo de negócios, permite desde a segmentação plena com mobilidade até variações como publicidade geolocalizada e cobranças de todo gênero e periodicidade; formatos e duração amplos, um consumo mais efêmero, pontual e multiplicado”, afirma Fernando Manuel, head de Direitos Esportivos do Grupo Globo.

Para as empresas de mídia, ficou mais difícil conseguir obter receita. Afinal, uma ampla quantidade de conteúdo esportivo está disponível de maneira gratuita na internet para quem quiser acessar. “Nesse ambiente, a gestão de exclusividade do “ao vivo” e a distribuição dos direitos de forma ampla tem se tornado ainda mais importante, para a agenda de todos. Pode se tornar difícil vender o que está disponível gratuitamente em dose que atenda o anseio do público ou parte dele… E o público está mudando, se satisfazendo ou mesmo desejando doses menores”, explica Fernando.

Novos players estão entrando no mercado de transmissão esportiva. Um exemplo é a parceria que a Turner firmou com o Facebook. A transmissão de algumas partidas da Champions League foi feita por meio da rede social. Para o executivo, este aumento da concorrência é saudável para o mercado: “Concorrência faz bem ao mercado, é sadio, provoca reflexões de modelo. Cabe a cada player da ponta compradora e aos demais agentes do mercado como um todo respeitar tal dinâmica, estudando e aprimorando estratégias para abordar da melhor forma os desafios e oportunidades que se apresentem”.

Outro exemplo foi a distribuição dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, que ocorreu de forma diferenciada, com diversas empresas adquirindo direitos. “O cenário competitivo contribuiu para um ambiente propício para profundas alterações no modelo de contratação de direitos e distribuição de recursos entre clubes no Brasil, mirando mais equilíbrio e meritocracia esportiva e comercial. Resultou no mais amplo acordo sobre a Série A já realizado, tanto no que se refere ao número de anos quanto na quantidade de clubes sob contrato”, comenta Fernando.

Por outro lado, ele acredita que existe uma preocupação excessiva com as tecnologias utilizadas, em detrimento da qualidade do conteúdo. “Temo que estejamos olhando demais para o tipo de tela e tecnologias da distribuição… Quando devemos mesmo, para o bem da indústria, é dedicar tempo e energia para a qualidade do conteúdo, do espetáculo e os pilares comerciais e de gestão necessários para manter esse negócio de pé. Sem plena monetização não se desenvolve qualquer indústria e, por isso, no final das contas não se atenderá plenamente o consumidor”, resume o executivo.

Este cenário de mudanças no consumo de conteúdo esportivo e o digital será o tema do painel “O novo consumo de conteúdo esportivo e o futuro da mídia”, que será realizado em 5 de dezembro, durante o Summit Sportab. Além de Fernando Manuel, participarão da conversa Leonardo Lenz Cesar, head de Esportes Latam do Facebook; Fábio Machado de Medeiros, vice-presidente da Turner Esportes Latam e Sergio Sacchi, CEO da Torcedores.com. Evandro Figueira, vice-presidente da IMG será responsável pela moderação dos debates.

O evento acontecerá no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, e contará com a presença dos principais líderes e executivos do esporte brasileiro para colocar em pauta os novos caminhos para a gestão e governança do esporte brasileiro. O encontro é realizado pela Sportlab, nova empresa do ecossistema do Grupo GS& Gouvêa de Souza, em parceria com a associação SOU DO ESPORTE.

SUMMIT SPORTLAB e o V PRÊMIO SOU DO ESPORTE contam com o patrocínio do SPORTV, FACEBOOK, IMM ESPORTE E ENTRETENIMENTODEMAREST ADVOGADOS e UNIVERSIDADE ESTÁCIO. Tem como apoiadores institucionais o COMITÊ OLÍMPICO DO BRASILCOMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, NBB, CBV, WSLUFC, BST, BRAND BOLA,  TORCEDORES.COMABRAGESPINSTITUTO AYRTON SENNAGLOBOGLOBOESPORTE.COMINSTITUTO COMPARTILHAR, LIDE ESPORTES, CBB, IBOPE REPUCOMEYSPORTS NETWORK, entre outros.

SERVIÇO – SUMMIT SPORTLAB
Data: 5 de dezembro
Horário: 8h às 20h
Local: Hotel Maksoud Plaza – São Paulo, SP
Website: http://esportebrasil.net.br/
Sympla (+ transmissão ao vivo): https://www.sympla.com.br/esporte-brasil-summit-sportlab–v-premio-sou-do-esporte__683193

*Imagem reprodução

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