Nos EUA, Ford estima que perdeu US$ 1,7 bilhão de lucro em 2023 por causa da greve do UAW

A fabricante de carros agora espera um EBIT entre US$ 10 bilhões e US$ 10,5 bilhões para este ano

Nos EUA, Ford estima que perdeu US$ 1,7 bilhão de lucro em 2023 por causa da greve do UAW

A Ford estima que perdeu US$ 1,7 bilhão de lucro em 2023 por causa da greve do sindicato norte-americano de trabalhadores de montadoras, o United Auto Workers (UAW). A empresa automobilística calcula ainda que o acordo trabalhista fechado com a UAW custará US$ 8,8 bilhões à Ford até o fim da vigência do contrato.

A montadora anunciou as projeções no período da manhã desta quinta-feira, em comunicado à imprensa, que fornece o guidance para os resultados operacionais de 2023.

Na divulgação do balanço do terceiro trimestre, a empresa retirou sua previsão anterior de lucro ajustado entre US$ 11 bilhões e US$ 12 bilhões e optou por não informar nova estimativa, já que as partes ainda não tinham ratificado o acordo trabalhista.

A fabricante de carros agora espera um EBIT entre US$ 10 bilhões e US$ 10,5 bilhões para este ano.

“Isso incluiria US$ 1,7 bilhão em lucros perdidos relacionados com a greve – sendo US$ 1,6 bilhão do quarto trimestre – devido a interrupções na produção de caminhões e SUVs e, com isso, as vendas de veículos por atacado cerca de 100 mil unidades abaixo do planejado”, comunicou a Ford.

Greve contra montadoras

O sindicato United Auto Workers (UAW) expandiu sua greve contra as principais montadoras dos EUA, paralisando operações em pelo menos 38 centros de distribuição de peças da General Motors (GM) e Stellantis em 20 Estados norte-americanos. Mais 5.600 trabalhadores aderiram à greve, além dos 13.000 que iniciaram a greve há uma semana.

A Ford foi poupada de greves adicionais porque a empresa atendeu a algumas das demandas do sindicato durante as negociações da semana passada, disse o presidente do UAW, Shawn Fain.

“Fizemos alguns progressos reais na Ford”, disse Fain, durante uma apresentação online aos sindicalistas. “Ainda temos questões sérias para resolver, mas queremos reconhecer que a Ford está mostrando que leva a sério a possibilidade de chegar a um acordo.”

Com informações de Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock 

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