Lucro de bancos dos EUA sobe no 1º tri; métricas de qualidade de crédito seguem favoráveis

Sem a aquisição dos dois bancos com problemas, o lucro seria praticamente estável ante os últimos três meses do ano passado

Lucro de bancos dos EUA sobe no 1º tri; métricas de qualidade de crédito seguem favoráveis

A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) afirma em relatório que o lucro líquido agregado dos bancos comerciais dos Estados Unidos ficou em US$ 79,8 bilhões no primeiro trimestre de 2023, um crescimento de 16,9% ante o trimestre anterior. O órgão aponta que o crescimento não vinculado a juros, como reflexo do tratamento contábil da aquisição de dois bancos que quebraram, superou a receita menor com juros e mais gastos não vinculadas a juros.

Sem a aquisição dos dois bancos com problemas, o lucro seria praticamente estável ante os últimos três meses do ano passado, diz o documento.

Ainda segundo a FDIC, as perdas não realizadas em ativos totalizaram US$ 515,5 bilhões no primeiro trimestre, uma queda de 16,5% ante o trimestre anterior.

A agência também comenta que as métricas de qualidade de crédito “permanecem favoráveis”, embora tenham passado por “modesta deterioração”.

Crise bancária

Os juros persistentes e a turbulência bancária nos Estados Unidos e na Europa retardaram a retomada do mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) nas principais praças globais. No Brasil, a Selic em 13,75% ao ano e a crise de crédito agravada com o caso Americanas abalaram os negócios, embora em menor intensidade do que em outros países da América Latina como Peru e Chile, sofrendo também por questões políticas.

No Brasil, o número de M&As encolheu 16% de janeiro a março ante o mesmo período do ano passado, totalizando 335 operações, conforme dados da consultoria Kroll obtidos pelo Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). O ritmo de queda supera a média global e dos EUA, onde a baixa foi de 14%. No entanto, é menos da metade do baque visto na América Latina, responsável por 10% do mercado global. Na região, a retração foi de 34%, no mesmo período de comparação.

Com informações de Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock

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