Uma pesquisa feita com 2.700 consumidores nos Estados Unidos no ano passado mostra que o comércio eletrônico agora é o método preferido de compras para 68% dos entrevistados. Esse número, que foi de 52% em 2020 e menos de 30% em 2019, é uma das provas de que o home office tem mudado o comportamento de compra.
O estudo da WD Partners mostra que, em 2020, 83% desses consumidores trabalhavam em casa cerca de 50% do tempo (65% foram obrigados a trabalhar em casa em algum momento). Este ano, no entanto, 60% projetaram que fariam home office 50% do tempo e 40%, cerca de 25% do tempo. Ainda de acordo com pesquisa, 0% disse que voltaria ao escritório cinco dias por semana.
Para Lee Peterson, vice-presidente executivo de Liderança de Pensamento e Marketing da WD Partners, os consumidores agora estão pensando de forma diferente, porque eles estão em um lugar diferente. E o impacto disso, afirma ele, “é de longo alcance”.
Se esses compradores visitarem uma loja física no futuro, 37% dos entrevistados disseram que provavelmente escolheriam um estabelecimento “local” ou em um raio de 5 km. Por outro lado, apenas 16% dos consumidores que disseram que buscariam lojas independentes, 16% shoppings ao ar livre, 16% centros e 11% shoppings internos.
“Estamos atendendo a esses consumidores?”, questionou Lee Peterson numa palestra promovida na NRF 2022. “Ou construímos algum tipo de meca a 30 milhas deles para onde eles têm que dirigir, para onde eles não querem mais dirigir?”
O próprio executivo da WD Partners destacou que algumas marcas já estão fazendo incursões nessas áreas. Peterson mencionou, por exemplo, as lojas locais da Target; as lojas comunitárias da Nike e o conceito mais recente do Nike Unite; a loja de conveniência Foxtrot; o foco local da Ulta Beauty e os lucros recordes recentes; a Express Edit; e os planos da Victoria’s Secret de abrir lojas independentes fora dos shoppings.
O relatório WD Partners sobre as mudanças no comportamento dos consumidores está disponível para download gratuito.
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