Tecnologia conecta o consumidor e transforma o setor de alimentação

No primeiro dia do Connection Foodservice, executivos debatem a digitalização no foodservice

Com a crescente demanda por conveniência e inovação, empresas do setor de alimentação têm adotado tecnologias para aprimorar processos internos, melhorar a experiência e engajar o consumidor. Esse foi um dos temas tratados no Connection Foodservice, evento realizado no Hotel Jequitimar Guarujá, no litoral paulista, para apresentar detalhes da cobertura feita pela MERCADO&CONSUMO da NRA 2024, em Chicago.

Mario Bernardes, CIO da Bacio di Latte, destaca que a digitalização dos pontos de contato é uma estratégia essencial para transformar negócios no setor de alimentação. “Identificar pontos que atualmente são realizados de forma física e convertê-los para o digital pode proporcionar oportunidades significativas para capturar dados de clientes e aprofundar a relação com eles”, afirma durante o painel “Tecnologias transformadoras para negócios de alimentação”.

Como exemplo, ele citou a digitalização das filas de espera e a captura do CPF envolvendo o consumidor numa jornada mais profunda, em uma troca de dados pela conveniência, como em um programa de fidelidade.

Em 2022, a gelateria de origem italiana lançou um aplicativo para vendas, que traz ofertas de produtos e promoções exclusivas. Com 1,5 milhão de downloads, a ferramenta é utilizada para incentivar a recorrência e a compra de novos produtos. “O uso do digital também ajuda a criar novos hábitos de consumo, como comprar gelato para servir em casa”, explica.

Responsável por liderar o processo de transformação digital na BFFC, Marcelo Tristão, diretor de Desenvolvimento e Transformação Digital, contou que a companhia tem apostado em totens de autoatendimento e menus digitais que ajustam cardápios e preços conforme o horário do dia para melhorar a experiência do cliente e aumentar as vendas.

“Percebemos que quando o consumidor está no controle da jornada, ele tende a comprar um pouco mais. O autoatendimento não é uma novidade. Estamos desde 2014 trabalhando com ele e temos criado essa cultura nos clientes”, contou.

Outra tendência que a BFFC tem usado, desde o início de 2024, em alguns quiosques do Bob’s é a Inteligência Artificial para fazer o monitoramento da operação, com uma câmera integrada ao sistema de caixa. “Também estamos começando a treinar o algoritmo para ver algumas coisas operacionais, de posicionamento de material no ponto de venda, além de captar as filas. Hoje, se a fila tem 3 pessoas e uma quarta vai embora, não conseguimos pegar essa venda perdida por demora. E o nosso negócio é de conveniência e velocidade” conta.

Outra tecnologia que está sendo iniciada no Bob’s é o reconhecimento facial no totem de autoatendimento, que reconhece quem é o cliente, se ele faz parte do Bob’s Fan e quantos pontos tem sem que ele precise digitar o CPF.

Envolvendo o cliente

Desde a sua criação há 3 anos, na Liberdade, em São Paulo, a We Coffe Brasil começou como uma experiência digital no Instagram, com a experiência do cliente. “A We Coffe procura trazer a tecnologia para área de experiência. Começamos com a ideia de fazer uma marca diferente para a geração Z, que hoje consome muita internet e referência internacional”, diz Neire Siqueira, head de Expansão e Operações Estratégicas da We Coffee Brasil.

Para atender o desejo desses consumidores, que buscam a mesma experiência digital na loja física, a marca apostou na arquitetura minimalista e na inovação de produtos instagramáveis. Neira destaca que essa estratégia traz engajamento orgânico dos clientes nas redes sociais. “As pessoas vão nas nossas lojas, gostam da experiência que estão vivendo e postam nas redes sociais e isso se torna viral de maneira orgânica”, conta.

Richard Albaseni, CEO da The LED, defende que a experência na loja física passa também pelo visual. Para embasar sua opinião, o executivo apresentou uma pesquisa feita pela The LED feita em 744 lojas de 4 shopping centers de São Paulo, que mostra que somente 27% das praças de alimentação utilizam displays somente digitais.

“No foodservice, a gente escolhe a nossa opção muito pelo que estamos vendo. Somos muitos visuais. Não estou falando só de grandes formatos como Led, mas de ter a possibilidade de falar com o consumidor da maneira correta, vendendo o produto que ele quer”, diz.

Imagem: MERCADO&CONSUMO

 

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