A economia brasileira cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os primeiros três meses do ano, e o Produto Interno Bruto (PIB) somou R$ 2,651 trilhões no período. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4% e acumula alta de 3,2% no período de 12 meses.
O maior crescimento no período foi da indústria (0,9%), seguida pelos serviços (0,6%). Já a agropecuária recuou 0,9%.
Segundo dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento na indústria se deve aos desempenhos positivos de 1,8% nas indústrias extrativas, 0,7% na construção, 0,4% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e 0,3% nas indústrias de transformação.
Nos serviços, os resultados positivos foram de: atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), outras atividades de serviços (1,3%), transporte, armazenagem e correio (0,9%), informação e comunicação (0,7%), atividades imobiliárias (0,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e comércio (0,1%).
Pela ótica da despesa, a despesa de consumo das famílias (0,9%) e a despesa de consumo do governo (0,7%) cresceram, enquanto a formação bruta de capital fixo (0,1%) ficou estável em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 2,9% e as importações de bens e serviços subiram 4,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
PIB cresce 3,4% frente ao 2º trimestre de 2022
Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 3,4% no segundo trimestre de 2023. o valor adicionado a preços básicos teve alta de 3,4% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios avançaram 3,3%.
A agropecuária cresceu 17,0% em relação a igual período do ano anterior. esse resultado pode ser explicado, principalmente, pelo bom desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre, tais como: soja (24,5%), milho (13,7%), algodão (10,2%) e café (5,3%).
A indústria cresceu 1,5%, sendo que as indústrias extrativas registraram o melhor resultado (8,8%), em decorrência do aumento na extração de petróleo e gás e de minérios ferrosos. a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 4,8%, resultado influenciado pelo consumo residencial de energia e pela melhora nas bandeiras tarifárias. A construção, por sua vez, variou 0,3%. já a atividade de indústrias de transformação tem segunda queda consecutiva (-1,7%). Tal resultado decorreu do recuo na fabricação de produtos químicos, máquinas e equipamentos, produtos de madeira e aparelhos elétricos.
Os serviços avançaram 2,3% na mesma comparação. O melhor resultado foi de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,9%), com destaque para os seguros, especialmente o de automóvel, de vida, riscos financeiros e patrimonial. as demais atividades também cresceram: informação e comunicação (3,8%), transporte, armazenagem e correio (3,4%), atividades imobiliárias (2,8%), outras atividades de serviços (2,4%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,6%) e comércio (0,1%).
No segundo trimestre, a despesa de consumo das famílias cresceu 3,0%. o resultado positivo foi influenciado pelo arrefecimento da inflação, pelos reajustes nos programas de distribuição de renda, pela melhora no mercado de trabalho e aumento do crédito, em termos reais, a pessoas físicas em relação ao segundo trimestre de 2022.
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