O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços de produtos industrializados, na saída das fábricas, registrou inflação de 2,16% em outubro deste ano. A taxa é superior ao 0,25% de setembro deste ano, mas inferior aos 3,41% de outubro do ano passado. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (1º), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado de outubro, o IPP acumula taxas de inflação de 26,57% nos dez primeiros meses do ano e 28,83% em 12 meses.
Em outubro, 22 das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram alta de preços. Os dois setores que apresentaram deflação (queda de preços) foram indústrias extrativas (-2,18%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,87%).
Entre os produtos que tiveram inflação, os destaques ficaram com refino de petróleo e produtos de álcool (7,14%), outros produtos químicos (6,38%), metalurgia (2,82%) e alimentos (0,75%).
Entre as quatro grandes categorias de uso, a maior alta de preços foi observada entre os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (2,94%), seguidos pelos bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (1,72%), pelos bens de consumo semi e não duráveis (0,94%) e pelos bens de consumo duráveis (0,93%).
País caro
O Brasil é o país mais caro para as empresas de produção industrial fazerem negócios entre 17 mercados no mundo. O Canadá tem o menor custo total entre as regiões analisadas. Os mercados da Ásia-Pacífico também têm bom desempenho, liderados por Taiwan, Coreia do Sul e Malásia, ocupando, respectivamente, o segundo, o terceiro e o quarto lugar. Os Estados Unidos e o Reino Unido estão empatados na quinta colocação do ranking de preços.
Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Onde fabricar? Análise global do custo de fazer negócios” (“Where to manufacture? Global analysis of the cost of doing business“, em inglês), conduzida pela KPMG. A metodologia envolveu diferentes fatores de custos, incluindo aqueles que afetam diretamente os resultados de uma empresa (custos primários) e os que têm impactos indiretos no seu funcionamento (custos secundários).
Com informações de Agência Brasil
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