O Grupo Pão de Açúcar inaugurou nesta quarta-feira, 30, sua nova loja localizada na Avenida Jornalista Roberto Marinho, zona sul de São Paulo. A unidade é um marco para o grupo, que não inaugurava nenhum estabelecimento do zero há cinco anos, e dita a estratégia para o futuro. Ainda estão previstas mais três inaugurações neste ano e há mais cinco obras em andamento com previsão para 2023.
O novo local tem 1.600 metros quadrados de área de vendas e soma 150 funcionários diretos e indiretos. Entre as novidades, estão a Horta 100% Livre, realizada em parceria com a startup 100% Livre, e o espaço de sucos saudáveis, com sucos feitos na hora. Somam-se a elas, ainda, o empório de frios da Sadia, um espaço saudável Taeq e o Ovo do Dia, que trará opções de ovos caipiras colhidos em 24 horas.
Segundo Paulo Epaminondas, diretor de operações do grupo Pão de Açúcar, um dos diferenciais da loja está na parte de alimentação. “Além de tudo que temos nos demais estabelecimentos como sushi, pratos prontos e a linha de rotisserie, aqui temos a hamburgueria e as massas frescas. Contamos com uma área bem confortável para o cliente usar como um ponto de socialização”, comentou.
A loja possui uma adega com mais de mil rótulos de vinhos, entre nacionais e internacionais, e uma área de queijos importados. O espaço saudável também é um conceito presente no local, com a concentração de produtos sem glúten, veganos e orgânicos em um só ambiente.
O supermercado
A loja segue o conceito G7, abreviação para geração 7, baseada em quatro pilares: experimental, exclusivo, social e fluído. Com a reorganização da disposição dos produtos, a ideia é que seja uma jornada de compra mais simples. “A loja é pensada em blocos para que o cliente resolva a sua solução de compra em um único local, facilitando a jornada”, explica Epaminondas.
O executivo ainda compara com o antigo modelo, G6, em que a mercearia ficava no centro da loja e os perecíveis, nas áreas periféricas. “Aqui nós criamos uma praça de perecíveis, o que facilita a compra do cliente. Pelo layout que desenhamos nessa loja, o consumidor faz a compra de mercearia e finaliza nos perecíveis”, complementa.
A consultora Cristina Souza, CEO da Gouvêa Foodservice e colunista da Mercado&Consumo, destaca que o Pão de Açúcar sempre foi referência em inovação no varejo alimentar. “É importante sublinhar que a proposta amplia as opções de alimentos transformados para serem consumidos na loja ou levados para viagem. Isso é bom para o cliente em termos de solução e é excelente para o negócio supermercadista.”
Aponta, ainda, a importância do foodservice para a amplificação da margem do negócio. “Esse é um movimento que redes pelo mundo todo, da Ásia aos Estados Unidos, claro, passando pela Europa, têm feito. O objetivo maior é solucionar a necessidade do cliente se alimentar. É um negócio de alto potencial e de margens muito melhores do que a categoria de mercearia, porém, exige muita atenção a processos, perdas, um novo modelo de gestão e desenvolvimento de parceiros ou centrais de produção próprias para assegurar produtos de qualidade. Algumas marcas, como a americana Dom’s optaram por concentrar 50% da oferta da loja em foodservice.”
Experiência do consumidor
Com uma exigência crescente dos consumidores em terem experiências durante a compra, o tema tem ganhado espaço também nos supermercados. Entre os serviços disponíveis no local, o cliente terá acesso a especialistas de vinho, queijo e de café, e também terá opções de self-checkout e retirada de pedidos feitos online.
“Aqui temos um foco muito grande em serviço, atendimento e proximidade com o cliente. Essa é a principal mudança falando da saída do hipermercado e a relevância maior tanto de super quanto proximidade”, comenta Epaminondas. Ele ainda destacou que a companhia tem investido muito no treinamento de time para oferecer cada vez mais experiências personalizas.
Todo esse foco na experiência do consumidor e auxílio de serviços será instalado nas outras unidades super do Pão de Açúcar. Ainda no mês de dezembro está previsto o roll out deste formato para 14 lojas e no início de 2023 para outros 20 estabelecimentos.
Acerca da captura de novos clientes para o programa de fidelidade “Mais”, Epaminondas citou a presença de promotoras que auxiliam clientes a realizarem cadastro e ativarem descontos durante a inauguração. “Hoje, a gente tem 80% da nossa venda identificada; eu sei quem é nosso cliente e seus hábitos de compra”, completou.
Ele ainda explicou que a companhia também utiliza como estratégia mídia geolocalizada para atrair clientes e oferece descontos personalizados no aplicativo. “Os clientes que compram conosco, têm um consumo muito maior do que um que não faz parte do programa de fidelidade”, finaliza.
Imagens: Marcelo Audinino e Divulgação/Georgia Gargiulo