Com o início do novo ano, o consumidor já começa a planejar a volta às aulas. Enquanto os estudantes se encantam com a variedade de cores, modelos e personagens que estampam cadernos, mochilas e outros itens, os pais ficam atentos aos gastos do período. Para este ano, a previsão é de aumento no preço do material escolar entre 5% e 9%, em virtude da elevação dos custos de matérias-primas como papel, tinta e artigos atrelados ao dólar, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses percentuais estão acima da inflação de 2024, que encerrou o ano com uma variação acumulada de 4,87%.
Paulo Bandeira, advogado e membro da Associação Brasileira de Direito Educacional (Abrade), sugere que os pais realizem suas pesquisas de preço com antecedência. Assim, terão mais tempo para comparar preços entre diferentes lojas e avaliar quais produtos escolares podem ser adquiridos com descontos ou em algum tipo de promoção.
Os dados do IBGE também mostram que o preço dos cadernos já subiu 6,31%, enquanto os livros tiveram um acréscimo de 9,65% e os livros didáticos foram reajustados em 7,64%.
Outra sugestão é que os pais conversem com os filhos e definam um orçamento para esse período. “Isso evita a compra por impulso e a tentação de adquirir itens que não são essenciais”, destataca Bandeira.
Como dica para economizar nos gastos com materiais escolares, Bandeira recomenda o reaproveitamento de itens usados no ano anterior. “Se estiverem em bom estado, podem ser reutilizados ou trocados. A exceção se aplica para materiais didáticos que tenham os conteúdos atualizados para o próximo ano e que deverão ser adquiridos conforme orientação da escola. As compras coletivas – feitas em maiores quantidades e por várias famílias ao mesmo tempo – também aumentam as chances de obter descontos”, explica.
Imagem: Frepik