As vendas no varejo durante a Páscoa caíram 5,0% em comparação com o feriado em 2023, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). A análise compara as vendas realizadas entre os dias 25 e 31 de março de 2024 com os dias 3 a 9 de abril do ano passado.
O setor de supermercados e hipermercados teve queda de 3,9% no faturamento. A comemoração da data no fim do mês pode ter colaborado para o resultado negativo do varejo. “No ano passado, a Páscoa caiu no início do mês, período em que o comércio está mais aquecido por causa dos depósitos dos salários”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.
Mesmo assim, a Páscoa deste ano teve um destaque: o setor de chocolaterias cresceu 3,8%. Os estabelecimentos localizados em shoppings tiveram alta de 4,0% no faturamento, enquanto as chocolaterias de rua cresceram 3,7%.
Regiões
Todas as regiões brasileiras apresentaram retração em relação ao ano passado: Nordeste (-3,5%), Norte (-3,9%), Sudeste (-5,5%), Sul (-5,9%) e Centro-Oeste (-8,5%).
Em relação aos estados, as maiores retrações foram no Paraná (-8,8%) e em Goiás (-8,5%). As menores retrações foram no Ceará (-2,1%) e Rio de Janeiro (-2,5%). Nenhum estado teve alta no faturamento em relação a 2023.
Páscoa à prazo
A Páscoa deste ano foi à prestação. Grandes redes de varejo estão parcelando o pagamento de itens típicos da data, como ovo de chocolate, bacalhau, azeites, bolos, espumantes, vinhos, chocolates e brinquedos.
Tudo pode ser dividido no cartão de crédito e sem juros. E os prazos vão até dez vezes. Isso significa que quem optar por essa forma de pagamento vai quitar a última parcela do ovo de Páscoa só depois do Natal.
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