Estudo mostra o perfil do profissional tech atual

Levantamento visa desmistificar os estereótipos dos profissionais da área tech e mapear seus reais interesses

Há 30 anos, o profissional da área de tech era chamado de ‘nerd’ (no sentido pejorativo da palavra) e carregava estereótipos de uma pessoa introvertida ou superinteligente. Para desmistificar esse tipo de rótulo, a Alura, ecossistema de aprendizado em tecnologia, mapeou os interesses reais desse público e descobriu que muitos são aficionados por computadores de alta performance (86%), fãs de filmes de ficção científica ou fantasia (66%) e heavy metal (47%).

Para Julia Chagas, diretora de marketing da Alura, os dados comprovam que a popularização das formas de entretenimento e a disseminação de informações com os avanços tecnológicos desempenharam papéis cruciais na transformação da percepção do público sobre o setor tech. “A crescente valorização de temas como ficção científica, fantasia e histórias em quadrinhos, por exemplo, permitiu um furo na bolha. Hoje, as pessoas se conectam para falar sobre esses assuntos, compartilhando conhecimentos e encontrando outros que possuem interesses em comum”, diz.

O mapeamento contempla trabalhadores ocupando vagas em webdesign, TI, marketing, design gráfico, design de jogos, ciência, programação e engenharia. O mapeamento ainda buscou compreender hobbies e comportamentos de forma geracional, dito isso, millennials (entre 25 e 34 anos) representam a maior parte da comunidade tech, com 52% de participação, seguidos pela faixa de 35 a 44 anos (22%). Enquanto isso, a geração Z (entre 18 e 24 anos) leva a medalha de bronze, com uma fatia de 20%.

Dentre os Millennials, o público feminino nesta faixa etária é composto por profissionais de negócios; fãs de séries de drama; entusiastas de decorações de casas; fãs de fotografia, adeptas de viagens de luxo e em família; e fashionistas. Já para o público entre 35 a 44 anos representam, a maioria composta pelo público masculino, dentre as principais características estão serem gamers casuais; entusiastas de notícias de entretenimento e de DIY (“Do It Yourself”); fãs de quadrinhos e animação; donos de gatos; e fãs de filmes familiares.

Por fim, a geração Z, outro grupo em que a maior parcela dos profissionais são homens, possuem os seguintes perfis: fãs de futebol; fãs de jogos de aventura e estratégia; fãs de basquete; fãs de games de esporte; frequentemente participam de eventos ao vivo; entusiastas de health & fitness; entusiastas por cozinhar; e fãs de heavy metal, indie rock, rock alternativo, jazz e blues e rap e hip-hop.

Para Chagas, essa interatividade e a paixão em se especializar por determinados tópicos é fundamental para o desenvolvimento de profissionais com diversas habilidades. “É uma comunidade protagonista na evolução e inovação, tanto no mercado de cultura pop quanto no de tecnologia. Isso acontece porque seus membros têm uma curiosidade intelectual, o que impulsiona o aprendizado e a produção de novas tendências, colabora em projetos criativos e influencia na criação de ferramentas de última geração”, conclui.

Com informações de Mercado&Tech
Imagem: Shutterstock

Redação

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