Americanas: depoimentos de KPMG e PWC corroboram evidências de fraude da antiga gestão

Americanas: depoimentos de KPMG e PWC corroboram evidências de fraude da antiga gestão

A Americanas afirmou em nota na tarde desta quarta-feira, 2, entender que os depoimentos das auditorias KPMG e PWC na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, que investiga o rombo de mais de R$ 20 bilhões da companhia, corroboraram evidências de fraude de gestão cometida pela antiga diretoria da companhia

“As informações prestadas na sessão desta terça demonstram que as auditorias não classificaram deficiências como significativas e que não encontraram distorções relevantes nos números auditados. A empresa reitera as informações e documentos apresentados à CPI em 13 de junho de 2023, com indícios de que ex-executivos fraudaram resultados financeiros e enviaram dados adulterados a bancos e auditorias”, diz a companhia.

A Americanas reafirma ainda que “o relatório apresentado à CPI, preparado pelos advogados da companhia, que inclui documentos recebidos do Comitê Independente de Investigação, é preliminar e foi entregue às autoridades competentes, que realizam suas próprias investigações”.

PWC e a KPMG rebatem acusação

A PWC e a KPMG – que prestaram serviços de auditoria independente para a Americanas no período em que a companhia admite ter executado uma fraude que inflou os resultados da empresa em R$ 25 bilhões – enviaram nesta terça, 1, representantes à audiência pública da CPI da Câmara dos Deputados que investiga o caso. Enquanto a KPMG afirmou que as acusações feitas contra ela não eram verdadeiras, a PWC buscou se proteger com as regras de auditoria.

A sócia da KPMG Carla Bellangero disse que o atual CEO da companhia, Leonardo Coelho Pereira, teria feito “insinuações falsas” à comissão em 13 de junho. Ela se referia ao fato de Pereira ter afirmado que havia indícios de participação da auditoria na fraude que levou ao rombo contábil de mais de R$ 20 bilhões da varejista. A KPMG foi a responsável pelas auditorias na Americanas de 2016 a 2018.

“Sobram motivos para repudiar insinuações contra a KPMG”, disse. Segundo ela, durante o trabalho a KPMG chamou a atenção da varejista para “as deficiências e a necessidade de melhoria nos controles de verbas de propaganda cooperadas”. Apesar do alerta, porém, não havia indicações de irregularidades. “Nada indicava fraude, situação de ato intencional na Americanas.”

Com informações de Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock

Sair da versão mobile