A fintech Wise, de contas internacionais, atingiu a marca de 2 milhões de cartões emitidos no Brasil, o dobro do número registrado um ano antes. Em todo o mundo, de acordo com a empresa, 11 milhões de cartões já foram emitidos.
Os cartões permitem aos clientes realizar pagamentos em mais de 100 países, o que inclui contas online. De acordo com a empresa, ao longo do último ano, o comportamento dos clientes brasileiros mudou, com novos usos tanto para o cartão quanto para a conta digital.
De acordo com a fintech, no ano passado, os destinos em que o cartão mais foi utilizado foram Londres e as maiores cidades de Portugal, mas neste ano, o ranking passou a ser formado por Nova York, Londres e Paris, cidade-sede das Olimpíadas e Paralimpíadas de 2024.
Além disso, o tíquete médio das transações aumentou, com gastos em restaurantes e transporte local dando lugar às compras de itens como eletrônicos. De acordo com a Wise, o uso dos cartões em carteiras digitais subiu de 27% para 38%, enquanto os saques internacionais diminuíram. Ou seja: o cliente da fintech tem recorrido menos ao dinheiro em espécie nas viagens para fora.
“Os clientes estão diversificando o uso do cartão, gastando em uma variedade maior de moedas e destinos, preferindo transações digitais e com valores mais altos. Esses padrões indicam que os usuários estão ampliando a gestão internacional de suas finanças por meio da plataforma”, diz em nota a gerente de marketing de produto da Wise para América Latina, África e Oriente Médio, Helene Romanzini.
Brasileiros gastam mais em cartões nos EU e na Europa
Pesquisa realizada pela Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento, revelou que os locais onde os brasileiros mais realizaram pagamentos com cartões foram Europa, com R$ 17,8 bilhões (25,7%), e EUA, com R$ 14,9 (24%). Juntos, os dois destinos somaram R$ 32 bilhões no primeiro semestre de 2024, corroborando com os dados da Wise.
O valor gasto com cartões nas duas localidades juntas cresceu 24,9% no primeiro semestre, representando 82,1% do total transacionado no exterior.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana)
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