A taxa de rotatividade de trabalhadores no setor de bares e restaurantes no Brasil foi de 77,6% em 2023, número levemente inferior na comparação com 2022, quando chegou aos 78,1%. O indicador faz parte de uma pesquisa da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com a Future Tank. O estudo utilizou dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e do Ministério do Trabalho e Emprego.
Nos últimos anos, o setor tem apresentado taxas de turnover bem mais elevadas em relação ao ramo de serviços como um todo e à economia. Em 2021, o setor de restaurantes alcançou o índice de 64,7%, enquanto o de serviços obteve apenas 31,2%. Já em 2020, a rotatividade foi mais baixa e o segmento atingiu apenas 38,1%. No entanto, a diferença foi pequena se comparada com a economia em geral, em que o índice chegou a 33,4%.
A taxa mede em um determinado período o percentual dos trabalhadores substituídos em relação ao estoque, em nível geográfico e/ou setorial. O cálculo é obtido por meio da razão do menor valor entre o total de admissões e desligamentos e o número de empregados no início do período.
O diretor da ANR destaca ainda que bares e restaurantes proporcionam oportunidades únicas de aprendizado no mercado de trabalho, mas a alta rotatividade ainda é um desafio. “As empresas que mais investem em atrair e reter funcionários, e que consideram isso uma fortaleza, faturam e lucram mais. Apesar da alta rotatividade ser uma grande dor do setor, as companhias que conseguiram investir melhor em atração e retenção de pessoas e entenderam a importância disso, performaram muito melhor em 2023″, finaliza Fernando Blower.
Com informações de Mercado&Food
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