É o que revelou o Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa, com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Segundo o levantamento, 48% dos micro e pequenos empresários estão confiantes com o futuro da economia.
O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa atingiu 51,3 pontos em abril, o que representa um aumento de 13,4 pontos na comparação com abril de 2016, quando o indicador marcara 37,9 pontos. Na comparação com o mês anterior, a variação foi de 1,6 ponto, o suficiente para colocar o indicador mais uma vez acima do nível dos 50 pontos.
O indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais acima de 50 pontos, maior é a confiança; quanto mais abaixo, maior a desconfiança.
“A sondagem de abril coincidiu com um noticiário político extremamente negativo, mas também com a liberação de recursos do FGTS, a aceleração do ritmo de queda dos juros e o arrefecimento da inflação, que contribuem para abrandar o quadro recessivo”, explica Honório Pinheiro, presidente da CNDL.
O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio da avaliação das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos varejistas e empresários de serviços sobre os últimos seis meses. Já através das expectativas, busca-se medir o que se espera para os próximos seis meses.
Indicador de Condições Gerais
- Para 57% dos micro e pequenos empresários o cenário econômico se deteriorou nos últimos seis meses, contra apenas 14% que visualizaram melhora.
- A maior parte (45%) dos empresários considera que a situação do seu negócio piorou nos últimos seis meses, ao passo que apenas 19% avaliam melhora dentro desse intervalo de tempo.
- Entre os empresários que passam por dificuldades, a maioria (68%) identificou a queda no volume de vendas como a razão da piora. Também foram mencionados o aumento dos preços de insumo, matérias primas e produtos (10%).
Indicador de Expectativas
O Indicador de Expectativas, que serve de termômetro para avaliar o que o empresário aguarda para o futuro:
- 48% estão confiantes com o futuro da economia
- 45% acreditam que o faturamento irá crescer nos próximos 6 meses
- O percentual de pessimistas com a economia e com os negócios é de 19% e de 11%, respectivamente.
- A maior parte dos empresários acredita que o faturamento das suas empresas deverá crescer nos próximos seis meses (45%) ou se manter estável (41%)
- Apenas 8% que acreditam que suas receitas cairão.
- Entre os que esperam crescimento, 31% não sabem apontar a razão do otimismo, enquanto 24% creditam a melhora à busca de novas estratégias de vendas e 15% afirmam ter melhorado a gestão da empresa.