A companhia norte-americana Bunge registrou lucro líquido de US$ 632 milhões (US$ 4,15 por ação) no primeiro trimestre deste ano, informou a empresa nesta quarta-feira, 3. O resultado representa uma redução de 8,14% ante o lucro líquido de igual período do ano passado, de US$ 688 milhões (US$ 4,48 por ação).
Em base ajustada, o lucro líquido foi de US$ 3,26 por ação, ante lucro líquido ajustado de US$ 4,26 por ação obtido em igual intervalo de 2022. Analistas consultados pela FactSet previam lucro por ação de US$ 3,27.
No período, a receita da Bunge recuou 3,46%, de US$ 15,88 bilhões para US$ 15,33 bilhões. Analistas esperavam receita de US$ 15,32 bilhões. O segmento de Agronegócio foi responsável pelo montante de US$ 10,85 bilhões em vendas líquidas, no primeiro trimestre deste ano, baixa de 3,38%, ante o faturamento de US$ 11,23 bilhões reportado em igual período de 2022.
As vendas da Divisão de Óleos Especiais e Refinados caíram 3,27%, de US$ 3,97 bilhões no primeiro trimestre de 2021 para US$ 3,88 bilhões no primeiro trimestre do ano. A Divisão de Açúcar e Energia reportou vendas de US$ 64 milhões, iguais ao intervalo anterior, resultado este atribuído aos preços menores do etanol brasileiro e custos mais altos.
No segmento de Agronegócio, os resultados mais baixos no trimestre se deram principalmente ao esmagamento da soja, onde os melhores desempenhos na América do Norte e no Brasil, que se beneficiaram da forte demanda por proteína e óleo e reduziram as exportações argentinas, foram mais do que compensados pelos resultados mais baixos na Argentina, Europa e Ásia. Já no setor de Óleos Especiais e Refinados, os resultados da Bunge foram mais altos em todas as regiões, principalmente na América do Norte e do Sul, refletindo “tendências de demanda de alimentos e combustíveis, assim como a utilização efetiva de nossa rede de distribuição”, disse a empresa.
Para o acumulado de 2023, a Bunge espera um lucro ajustado por ação de US$ 11, “levando em consideração os resultados do primeiro trimestre e o atual ambiente de margem e curvas futuras”. No ramo de Agronegócios, a expectativa é de que os resultados do ano sejam superiores à projeção anterior, mas ainda com previsão de queda em relação ao ano passado.
“Em Óleos Refinados e Especiais, com base em nosso desempenho mais forte do que o esperado no primeiro trimestre, os resultados do ano inteiro devem ser superiores à nossa perspectiva anterior, mas ainda abaixo do desempenho recorde do ano passado”, acrescentou a Bunge.
Para Moagem, espera-se resultados abaixo da previsão anterior, em virtude de um primeiro trimestre surpreendentemente desafiador.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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