IA ganha espaço no foodservice, mas ainda precisa de aperfeiçoamento

Teste realizado durante a NRA Show 2025 mostra limitações da IA na criação de receitas

Durante um experimento realizado na NRA Show 2025, em Chicago, uma palestra acompanhada de degustação apresentou um teste curioso envolvendo Inteligência Artificial (IA) e foodservice: uma chef pediu ao ChatGPT e ao chatbot da Meta que compartilhassem receitas de bolo e seguiu ambas à risca.

A experiência foi relatada por Julia Diaz, consultora de projetos da Gouvêa Foodservice, durante o Connection Foodservice Day 2025, evento promovido no dia 26 de maio por Mercado&Consumo, Gouvêa Foodservice e Gouvêa Experience. O encontro também contou com a participação de Cristina Souza, fundadora e CEO da Gouvêa Foodservice.

Julia contou que, ao provar os bolos preparados com as receitas fornecidas pelas IAs, o resultado deixou a desejar. “Gente, o ChatGPT é muito ruim como chef”, afirmou.

Segundo ela, a receita do chatbot da OpenAI resultou em um bolo seco e duro. Já o desempenho da IA da Meta foi um pouco melhor, embora ainda distante do ideal. “A Meta foi melhor, já tinha uma consistência de bolo, mas, mesmo assim, o produto estava muito doce e era muito básico. E aí, quando degustamos a receita da chef, realmente chamou muito a atenção, foi muito melhor. Tinham produtos e insumos diferentes, então o resultado se destacou”, contou.

Como lição dessa experiência gastronômica, Julia concluiu que a IA ainda erra bastante no desenvolvimento de receitas. No entanto, a tecnologia pode ser usada de outras formas no foodservice.

“É uma ferramenta bastante importante para identificar movimentos de mercado, tendências e, também, se for bem alimentada com informações e testada, é capaz inclusive de avaliar o desenvolvimento de novos conceitos”, explicou.

Food business

Às vésperas da NRA Show, a Mercado&Consumo percorreu, junto com a delegação da consultoria Gouvêa Foodservice, algumas operações em Chicago. Uma das operações visitadas foi a The Fresh Market, rede de supermercados da Cencosud que possui 143 unidades. Cerca de 5% do faturamento da rede vem do foodservice, com serviços e produtos como comida pronta, catering e delivery.

Cristina conta que uma das inovações da The Fresh Market está no uso de IA. Ao acessar o site da rede, uma janela se abre para apresentar o cardápio do dia ao consumidor e coletar informações sobre suas preferências. “Acho que um ponto muito importante aqui pra gente é que o trabalho feito em termos de conexão com o cliente é muito relevante”, acrescentou.

O Lisano também foi uma das operações visitadas pela delegação. Criado pelo brasileiro Gabriel Fleury — que também é dono da Deep Purple, rede especializada em tigelas de açaí personalizáveis — o Lisano trouxe o conceito dos spritz, como o Aperol Spritz e o Limoncello Spritz. “Então, assim, o conceito é nascer com dissolução e ter um trabalho de corpo a corpo inicial muito, muito forte”, completou Cristina.

Imagem: Envato

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