O Brasil é o quarto melhor mercado para a contratação de serviços no mundo e o primeiro em todas as Américas. Segundo a 12ᵃ edição do Global Services Location Index (GSLI), da Kearney, Índia, China e Malásia continuam liderando o ranking e o Reino Unido completa a lista dos cinco primeiros.
A atratividade financeira do Brasil foi a sua principal vantagem competitiva quando comparado às demais economias da região. Além disso, de maneira geral, o país se saiu bem na dimensão de disponibilidade e capacitação de pessoas.
“O Brasil experimentou uma acelerada digitalização durante a pandemia e conseguiu se transformar em um terreno fértil para investimentos em digitalização para o desenvolvimento do ecossistema”, afirma Fabio Yoshitome, sócio da Kearney e responsável pelas operações da consultoria no Brasil.
No mundo
O Brasil subiu uma posição no ranking, na comparação com a última edição do levantamento. Embora a composição dos Top 10 de 2023 seja similar à da edição passada, com países da Ásia e Pacífico à frente, o salto do Reino Unido da oitava para a quinta colocação deve ser destacado e marca a primeira aparição de uma economia do Leste europeu entre os cinco primeiros colocados da lista.
“Em uma era de rápida evolução tecnológica e tendências em constante mudança, o outsourcing de serviços tecnologia da informação (TI) e de processos de negócios, bem como de engenharia são cada vez mais procurados por empresas interessadas em reduzir custos, aumentar seu quadro de talentos e ganharem eficiência”, afirma Yoshitome,
Em contrapartida, Bangladesh, Sri Lanka e Rússia registraram queda significativa devido às incertezas econômicas e políticas vividas nos últimos meses — passaram de 33º, 23º e 21º para 47º, 44º e 36º, respectivamente.
“Forças geopolíticas, econômicas e tecnológicas levaram a importantes mudanças no mercado de trabalho. Com isso, a capacidade de um país de readequar e recolocar seus profissionais em resposta às novas demandas do mercado e às disrupções tecnológicas é fundamental para melhorar a sua atratividade como localidade para o offshore de serviços”, afirma Arjun Sethi, vice-presidente de Transformação digital da Kearney e coautor do GSLI 2023.
Sethi destaca que a regeneração de talentos será um dos mais importantes fatores para mudar o jogo à medida em que a Indústria 4.0 continua redesenhando a demanda por talentos e as profissões. E isso foi o que manteve os três primeiros países no topo da lista.
Publicado a cada 2 anos, o estudo analisou 78 países, selecionados com base em dados corporativos, atividades de serviços remotos atuais e inciativas governamentais para promover o setor. Foram avaliadas 52 métricas em quatro principais categorias: atratividade financeira, disponibilidade e capacitação de pessoas, ambiente de negócios e ressonância digital. Em 2021, foram 60 países e 47 métricas.
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