Começa nesta sexta-feira (3) a Semana do Brasil, período de promoções que tem por objetivo impulsionar as vendas do comércio. De acordo com pesquisa da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP), a expectativa é de que, até 13 de setembro, quando termina a campanha, as vendas aumentem 5% em todo o Estado.
“A Semana do Brasil tem alto potencial para o desempenho positivo das vendas. Neste ano, com o fim das restrições e maior flexibilidade do comércio, a data deve movimentar as lojas físicas, apresentando crescimento quantidade de vendas”, acredita o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff.
Com os estabelecimentos abertos, os lojistas acreditam que a maior parte das vendas permanecerá no comércio físico. Os setores mais beneficiados serão os de vestuário, calçados e eletrônicos. Além disso, com menos restrições, bares e restaurantes devem receber uma alta demanda de consumidores.
Além de oferecer descontos progressivos, oito em cada dez lojistas acreditam que facilitar as formas de pagamento – como aumentar o número de parcelas – é o melhor método de atrair os clientes.
“A Semana do Brasil é de extrema importância para o segundo semestre e para uma efetiva retomada no comércio. Servirá de aquecimento para vendas no fim de ano e impulsionará o otimismo dos lojistas”, diz Stainoff.
Queima de itens de menor giro
Apesar da expectativa positiva dos lojistas, a consultoria GfK diz que a Semana do Brasil deve perder força em algumas categorias, em especial a de eletroeletrônicos. Uma das explicações seria o desbalanceamento de estoques, principalmente com a falta dos “best sellers” e o acúmulo de itens de menor giro.
A GfK acompanha, semanalmente, a movimentação das vendas do varejo por todo território nacional. Segundo os dados apresentados pela consultoria, as duas semanas que integram o período promocional da Semana do Brasil, ficaram 3% e 11% acima da média anual em 2019.
Em 2020, as semanas tiveram crescimento ainda maior em relação à média anual, mas é necessário levar em conta o impacto da pandemia. No setor de eletro, as semanas do evento cresceram acima da média, mas o impacto de 2019 ainda foi maior.
Imagem: Agência Brasil