O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reconheceu a China como um importante parceiro para a transição energética. O executivo destacou sinergias que podem ser aproveitadas entre a estatal e empresas chinesas na área petroquímica, química e de desenvolvimento de novas rotas tecnológicas para a descarbonização.
“Os chineses podem participar dos futuros projetos de descarbonização. Tivemos três acordos assinados com os três principais bancos da China”, afirmou Prates durante entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, no período da noite da segunda-feira, 2.
Segundo o executivo, existem parceiras chinesas importantes da Petrobras que podem atuar no mercado petroquímico. Na área da indústria química, Prates avaliou sinergias em potencial entre empresas chinesas e a Petrobras para impulsionar a produção de combustíveis por meio do coprocessamento, que aproveita fontes renováveis em conjunto com produtos de origem fóssil.
O presidente da Petrobras acrescentou ainda a possibilidade de parcerias para a entrada de empresas chinesas, com direito a participação nos projetos, para a frente de eólicas offshore.
Além disso, o executivo acrescentou o plano para integrar a produção de energia a partir dos ventos para a fabricação de hidrogênio verde. “Tem fabricantes de eletrolisadores chineses fundamentais para desenvolver projetos na área do hidrogênio verde.”
Petrobras faz 70 anos
A Petrobras completou 70 anos nesta terça-feira, 3, buscando ampliar a exploração de petróleo e gás na chamada margem equatorial brasileira ao mesmo tempo que pretende liderar a transição energética no País. A Petrobras é 58ª maior companhia do mundo segundo a revista Forbes, liderando a lista das empresas brasileira, a frente do banco Itaú, da mineradora Vale e do Banco do Brasil.
Em sessão solene em homenagem aos 70 anos da companhia, nesta segunda-feira, 2, na Câmara dos Deputados, o diretor-executivo de processos industriais da petroleira, William França, defendeu que a transição energética deve estar associada à exploração de petróleo na margem equatorial, faixa do território que vai do litoral do Rio Grande do Norte ao do Amapá.
Para o executivo, “o combustível fóssil é, e ainda será por muitos anos, o motor da economia mundial, inclusive no Brasil”. Por isso, França argumentou que é preciso associar a produção de combustível fóssil à transição energética.
“A companhia está investindo forte na descarbonização das suas atividades. A Petrobras tem condições de liderar a transição energética”, destacou o diretor no Plenário da Câmara. França acrescentou que a empresa “não vai se esquecer que nossa galinha dos ovos de ouro é a produção de óleo e gás”.
Com informações de Estadão Conteúdo (Jorge Barbosa e Italo Bertão Filho).
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