O presidente da Sears anunciou uma oferta de aquisição de 4,4 bilhões de dólares. O plano de Eddie Lampert depende de um financiamento de três bancos no valor de 1,3 bilhões de dólares. Caso seja aprovada, a negociação possibilitará que 425 lojas da Sears sejam salvas, preservando quase 50 mil empregos. A oferta teria vindo, na prática, do fundo Transform Holdco, ligado ao fundo especulativo ESL Investments.
Os prováveis bancos a dar o investimento são o Bank of America, o Citigroup, além do Royal Bank of Canada. Eles teriam concordado em fornecer um crédito de 950 milhões de dólares em ativos e um crédito rotativo de 350 milhões de dólares. Haveria ainda um empréstimo de 400 milhões de dólares de instituições não bancárias. O financiamento seria para anular uma dívida de 1,8 bilhões de dólares da Sears detida pelo ESL e para fazer a recompra de toda a companhia.
A varejista americana tem 125 anos e entrou com o pedido de falência em outubro, com um plano de reestruturação que inclui a venda de 500 lojas e subsidiárias, como a Kenmore e a DieHard, além do negócio voltado para entregas em domicílio.
Desde então, a Sears recebeu apenas propostas para negociar partes do grupo e de liquidatários, mas nada relacionado à compra de toda a empresa.
Eddie Lampert, por meio do ESL, é o maior acionista e credor da Sears. Ele criou a Sears Holdings em 2005, ao adquirir o grupo Sears, Roebuck e fazer uma fusão com a cadeia de descontos Kmart. O executivo desejava fazer a Sears voltar ao seu auge, quando chegou a possuir uma estação de rádio, uma companhia de seguros e o edifício mais alto do mundo na época, a Sears Tower, em Chicago.
A empresa foi extremamente inovadora nos anos 1980, mas passou a sofrer com a concorrência do Walmart e da Target. Ela foi deixando de ser lucrativa, chegando, em 2011, a vender ativos, como propriedades e a marca Craftsman. Hoje ela possui ativos no valor de 6,9 bilhões e um passivo de 11,3 bilhões de dólares.
*Imagem reprodução