A Estée Lauder, gigante fabricante americana de cosméticos que está por trás de marcas como a MAC e Clinique, pode cortar até sete mil empregos até o fim do ano fiscal de 2026, o que representa mais de 11% da força de trabalho da empresa.
A companhia relatou uma queda de 6% nas vendas no segundo trimestre fiscal de 2025 e moderou sua perspectiva de lucro à medida que as economias da China e da Coreia do Sul desaceleram, além da incerteza geopolítica global. No período, a Estée Lauder registrou vendas de US$ 4 bilhões, abaixo dos US$ 4,28 bilhões do registrado no ano anterior.
A fabricante de cosméticos espera registrar reestruturação e outras despesas relacionadas aos cortes de empregos entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,6 bilhão, antes dos impostos. O CEO, Stéphane de La Faverie, afirmou que a empresa está transformando “significativamente” o modelo operacional para ser “mais enxuto, rápido e ágil”.
“Embora não estejamos satisfeitos com nossa perspectiva para o terceiro trimestre, ela reflete principalmente as fracas tendências de vendas de varejo em nosso negócio de varejo de viagem na Ásia, que se deterioraram no segundo trimestre, impulsionadas pela Coréia”, disse de La Faverie.
A Estee Launder agora espera lucro entre US$ 0,24 e US$ 0,34 no trimestre atual, bem abaixo dos US$ 0,61 que Wall Street esperava, de acordo com a FactSet.
“O plano ampliado foi projetado para transformar ainda mais o modelo operacional da empresa para financiar um retorno ao crescimento das vendas e restaurar uma sólida margem operacional ajustada de dois dígitos nos próximos anos, além de continuar a gerenciar a volatilidade externa, como possíveis aumentos de tarifas em todo o mundo”, disse a empresa no comunicado.
Em Nova York, às 14h15 (horário de Brasília), as ações da empresa tombavam cerca de 17%.
Com informações de Associated Press.
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