Será que a sua empresa já está no modelo de eficiência exponencial? A busca incessante pela eficiência operacional tem sido um objetivo das empresas ao longo da história, estimulando melhorias nos processos, reduzindo custos e aumentando a produtividade.
Mas, frente ao progresso tecnológico acelerado e à demanda crescente dos consumidores por experiências excepcionais, a necessidade de alcançar a eficiência exponencial transformou-se em uma intenção consideravelmente mais ambiciosa. Para atingir essa meta, é essencial reconfigurar os parâmetros da excelência operacional, acolhendo novos modelos de negócios, capazes de proporcionar tanto experiências excepcionais, como operações otimizadas.
Saindo do conceito de eficiência operacional tradicional, precisamos definir a eficiência exponencial. A eficiência operacional tradicional foca na otimização dos processos internos, com o intuito de minimizar desperdícios, reduzir custos e potencializar a produtividade. Mas apesar da relevância dessas iniciativas, elas não suprem todas as demandas dos consumidores modernos, nem acompanham o ritmo frenético das transformações tecnológicas atuais.
Para se conquistar uma eficiência exponencial, existe a demanda de uma abordagem mais ampla e inovadora. Esse chamado às empresas incentiva a busca pela eficiência com foco na melhoria contínua e, claro, na escalabilidade para negócios em rede.
E quando “cai a ficha”, percebemos que a excelência operacional deve ser ampliada para incorporar aspectos como flexibilidade, agilidade e a habilidade de se adaptar às mudanças do mercado. Isso implica em negócios com modelos de gestão mais versáteis e processos que possam ser facilmente adaptados, conforme as necessidades e oportunidades que se apresentam, já que estes modelos desempenham um papel crucial na conquista da eficiência exponencial, unindo experiências excepcionais e operações otimizadas.
Esses modelos de negócios colocam o cliente no cerne das suas estratégias, o consumer centricity, permitindo que, por meio de tecnologias de análise de dados e inteligência artificial, as empresas compreendam melhor e rapidamente as preferências individuais dos seus clientes, customizando seus produtos e serviços para atender às suas necessidades específicas (e saindo na frente da concorrência). E isso resulta em uma experiência excepcional para o cliente, promovendo satisfação e fidelidade.
Não dá pra negar como a tecnologia tem sido uma grande aliada na busca pela eficiência exponencial. Automação de processos, inteligência artificial, robótica, Internet das Coisas (IoT) e outras tecnologias têm ajudado muito as empresas nesse percurso, otimizando suas operações, reduzindo erros, melhorando a eficiência da produção, diminuindo os custos operacionais e ajudando a entregar o que o consumidor deseja.
Os novos modelos de negócios também exploram parcerias estratégicas para complementar suas capacidades. A formação de ecossistemas facilita a troca de conhecimentos e recursos entre empresas diversas, acelerando a inovação, cortando caminhos e gerando resultados para todas as partes envolvidas.
Além de focar no cliente, os novos modelos valorizam a experiência do colaborador, a employee experience. Com um ambiente de trabalho positivo e infraestrutura que incentive a inovação e impulsione a criatividade, o trabalho em equipe e a produtividade dos funcionários refletem em melhores resultados operacionais.
Acredito mesmo que alcançar uma eficiência exponencial não significa apenas aperfeiçoar a eficiência operacional tradicional. As redes, para alcançarem um crescimento consistente e acelerado, devem ter um modelo de negócios otimizado e preparado para funcionar em diversos mercados. E a mágica acontece quando alcançam níveis elevados de eficiência com inteligência.
Ao unir personalização, tecnologia, parcerias estratégicas e foco no colaborador, as empresas podem alcançar níveis inéditos de eficiência, desencadeando um ciclo exponencial de crescimento e satisfação para clientes e colaboradores.
Em um mundo empresarial em constante transformação, as empresas que se adaptam e acolhem a inovação, estarão em uma posição vantajosa para prosperar na economia atual e futura. Elas serão cada vez mais capazes de transcender os limites da excelência operacional e redefinir o que é possível conquistar no mercado, através da eficiência exponencial.
Nota: Nos dias 3 e 4 de outubro acontece o BConnected, maior evento de gestão de redes de negócios e franquias da América Latina, que vai debater com Rafael Marconi, diretor-executivo do Grupo Boticário, como alcançar altos patamares de engajamento dos franqueados por meio de resultados consistentes e uma cultura de melhoria contínua.
Lyana Bittencourt é CEO do Grupo Bittencourt.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
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