A varejista Lojas Renner S.A. é a primeira empresa brasileira a obter a certificação BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) para uma nova construção, do projeto à execução. O selo, criado no início dos anos 1990 na Inglaterra pela organização BRE Group, é um dos mais importantes do mundo na avaliação de edificações sustentáveis.
A certificação chega uma ano após a Renner ter sido pioneira na abertura de lojas circulares no varejo do país, em outubro de 2021. A unidade certificada foi inaugurada em março deste ano no shopping center ParkJacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ela alcançou a classificação “Excelente”, com um escore de 81,7% na média de oito indicadores. O desempenho superou a previsão inicial da própria companhia, que era de 75%.
Antes do BREEAM, o prédio que abriga a sede administrativa e quatro pontos de venda da marca já haviam recebido, desde 2014, outro selo internacional de sustentabilidade na construção civil, o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), no nível “Gold”. Um deles é a primeira loja circular da Renner, no shopping Rio Sul, também no Rio de Janeiro, na categoria projeto de reforma. Os demais foram enquadrados como obras novas em shoppings e em lojas de rua.
“A nova certificação reforça o papel da Lojas Renner como agente transformador do varejo no País, pois revalidamos as normas da auditoria para o mercado local e agora elas podem ser seguidas mais facilmente por todas as empresas brasileiras que desejarem obter o reconhecimento. Além disto, capacitamos fornecedores de materiais e serviços e ampliamos os conhecimentos sobre construções sustentáveis que serão empregados em nossas novas lojas”, diz a diretora de Arquitetura, Engenharia e Expansão da companhia, Alessandra Shargorodsky.
Critérios da certificação
O BREEAM leva em conta a gestão do projeto e da obra, o consumo de água, a eficiência energética e a emissão de carbono, a saúde, o bem-estar e o acesso a meios de transporte sustentáveis para os usuários, a poluição provocada pelo empreendimento em seu entorno, o emprego de materiais ambientalmente menos impactantes ao longo da sua vida útil, a gestão correta dos resíduos e a inovação.
Em relação ao uso de água e à liberação de CO2, por exemplo, as reduções verificadas na loja foram de 58% e 8%, respectivamente, frente a obras convencionais. A redução no consumo de água corresponde a uma economia de aproximadamente 173.210 litros de água.
Os certificados BREEAM e LEED são ferramentas complementares sobre as melhores práticas de sustentabilidade. Enquanto o BREEAM tem foco especial sobre aspectos relacionados à circularidade de materiais, por exemplo, o LEED dá grande atenção aos níveis de ecoeficiência apresentados pelos empreendimentos auditados.
Novas lojas circulares
Para a varejista, o resultado obtido na avaliação da unidade no shopping ParkJacarepaguá deveu-se, em grande medida, às características originais das lojas circulares da Renner. Elas incluem desde o reaproveitamento e o descarte adequado de materiais, a manutenção de espaços verdes com plantas e elementos naturais até a economia de energia com utilização de fontes renováveis e a redução do consumo de água, da geração de resíduos e das emissões.
Até o fim deste ano, a Renner vai abrir mais duas lojas circulares, uma em Petrópolis (RJ) e outra em São Vicente (SP). A partir de 2023, todas essas premissas, assim como as consideradas pelos selos BREEAM e LEED, serão aplicadas a todas as novas unidades da varejista.
A incorporação desses parâmetros aos novos projetos está em linha com o ciclo de compromissos públicos de sustentabilidade da Renner até 2030. Entre eles estão a adoção de soluções climáticas, circulares e regenerativas para promover uma operação mais sustentável e oferecer aos clientes opções de consumo consciente.
Esta jornada inclui, ainda, aplicação dos princípios de circularidade no desenvolvimento de produtos, serviços e modelos de negócio e a ampliação de processos responsáveis como economia de água e a transição energética da cadeia de fornecimento. No ciclo encerrado em 2021, a companhia alcançou o marco de 100% do consumo corporativo de energia suprido a partir de fontes renováveis de baixo impacto (solar, eólica e pequenas centrais hidrelétrica), ante a meta de 75% fixada em 2016.
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