As vendas do iPhone, produzido pela Apple, caíram 24% em 2024 até o momento na China, empurrando a gigante da tecnologia dos EUA para o quarto lugar em participação de vendas no maior mercado de smartphones do mundo, mostraram dados da empresa de pesquisa Counterpoint. Segundo a empresa de pesquisas, as vendas foram prejudicadas pela forte concorrência e pelas pressões sobre os preços, além de uma tendência dos consumidores de manter modelos antigos de iPhones por mais tempo antes de trocar de dispositivo.
As vendas da rival chinesa Huawei aumentaram 64% em relação ao ano anterior, impulsionadas pela demanda por sua série de smartphones Mate 60.
A Huawei ficou em segundo lugar, com uma participação de mercado de 17%, acima dos 9% registrados no ano anterior.
A Vivo, outra concorrente, ficou em primeiro lugar em participação de mercado, segundo os dados.
As vendas gerais de smartphones na China caíram 7% em relação ao ano anterior, devido ao desempenho defasado da OPPO e da Vivo, disse a Counterpoint.
A Counterpoint espera que o crescimento geral das vendas de smartphones na China permaneça baixo no primeiro trimestre de 2024, em meio a gastos praticamente nulos dos consumidores e menos produtos novos.
iPhone proibido
O The Wall Street Journal informou, no início de setembro, que a China teria lançado regulamentos oficiais para banir o uso de celulares de marcas estrangeiras.
“A China não emitiu quaisquer leis, regulamentos ou documentos de política que proíbam o uso de celulares estrangeiros, incluindo o iPhone da Apple”, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, em coletiva de imprensa diária.
Segundo a reportagem, alguns funcionários de agências governamentais haviam sido instruídos a não usar iPhones ou outros aparelhos de marcas estrangeiras no trabalho, citando fontes com conhecimento do assunto.
A porta-voz disse ainda que a mídia chinesa recentemente publicou reportagens sobre questões de segurança relacionadas aos iPhones e que Pequim “dá grande importância” à informação e segurança cibernética.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires)
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