O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 4, que R$ 11 bilhões do fundo para garantir a renegociação das dívidas por meio do programa Desenrola já estão separados. Serão, no total, R$ 15 bilhões. Pessoas com renda de até dois salários mínimos (R$ 2,6 mil) contarão com subsídios de crédito por meio de garantia, segundo ele.
Haddad disse ainda que a medida provisória do programa já está redigida e será publicada assim que o sistema operacional do programa estiver pronto, com finalização de alguns ajustes. Ele explicou que o software do Desenrola é complexo, já que envolve dívidas privadas, e não públicas.
Ele voltou a dizer que o governo prepara 12 medidas para melhorar as condições de créditos, sendo que metade já passaram pelo Banco Central.
PMEs também participarão
Haddad também afirmou que o programa não vai se restringir às famílias, mas também atingirá pequenas empresas. “Em janeiro, o programa ‘Desenrola’ para endividados será para pessoa física, mas haverá linhas para pessoa jurídica”, disse, em live do site Brasil 247, sobre o programa que deve ser liderado pelos bancos públicos.
O ministro também afirmou que será preciso fazer um pente fino “em tudo”, já que o governo Bolsonaro não cuidou corretamente dos programas. No caso do Bolsa Família, o Haddad lembrou que, nos governos anteriores de Lula, havia obrigação de frequência escolar, dado cobrado do Ministério da Educação todo trimestre, assim como de vacinação.
Com informações de Estadão Conteúdo (Giordanna Neves, Francisco de Assis e Eduardo Laguna)
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