Após dois meses consecutivos de estabilidade, a confiança do empresário do comércio paulistano voltou a crescer.
Em agosto, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou alta de 1,1%, ao passar de 104,0 pontos em julho para 105,2 pontos no mês atual. Na comparação com agosto do ano passado, o índice cresceu 20,2%.
Apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
De acordo com a pesquisa, a elevação da confiança do empresariado paulistano em agosto foi motivada pelo aumento de 1,1% nas empresas com até 50 funcionários, passando dos 103,8 pontos em julho para 104,9 pontos em agosto; em detrimento da leve queda (-0,3%) na confiança dos empresários de companhias com mais de 50 colaboradores, que passou dos 116,6 para os atuais 116,3 pontos. Na comparação com agosto de 2016, tanto pequenas quanto grandes empresas apresentaram altas, de 19,9% e 33,6%, respectivamente.
Indicadores
As percepções médias atuais dos empresários melhoraram pelo sétimo mês consecutivo na passagem de julho para agosto. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) registrou alta 2,4%, passando de 77,2 para 79,1 pontos em agosto. No comparativo anual, o índice avançou 75,1%, quando o indicador obtinha a marca de 45,2 pontos.
Já as expectativas dos empresários voltaram a subir. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) registrou leve alta de 0,6%, ao passar de 145,9 pontos em julho para 146,8 pontos em agosto, e alta de 5,3% em relação a agosto do ano passado. Por fim, o indicador responsável por medir a propensão por novos investimentos cresceu pelo segundo mês consecutivo.
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) avançou 0,7% ao passar de 89 pontos em julho para 89,6 pontos em agosto – o maior patamar desde fevereiro de 2015. Em relação a agosto de 2016, o IIEC apresentou elevação de 15%.
De maneira geral, a evolução do indicador, segundo a Entidade, está associada ao recente comportamento positivo de diversos fundamentos macroeconômicos. A redução da inflação e as quedas dos juros e do desemprego levaram à estabilização da renda, decisivo para a percepção de melhoria da capacidade de consumo das famílias, o que, consequentemente, melhorou o ritmo das vendas no comércio e, assim, a confiança dos empresários.
A pesquisa entrevistou 600 empresários na capital, em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.