Há 20 anos, nascia em Lavras, sul de Minas Gerais, a Verde Campo. Hoje, referência em lácteos saudáveis, a empresa foi montada como consultoria para testar tecnologias inovadoras na produção de alimentos, onde até então funcionava a fábrica de queijos Cobocó de Antonio de Carvalho, conhecido como seu Totonho. A tradição familiar e artesanal foi combinada com tecnologia e pesquisa pelas mãos do engenheiro de alimentos e primogênito de seu Totonho, Alessandro Rios.
De lá pra cá, a empresa expandiu sua presença para todo o país. Atualmente, emprega 650 pessoas, produz mais de 60 produtos, processa 3,5 milhões de litros de leite por mês e quintuplicou sua capacidade produtiva. A empresa, que desde 2016 faz parte do portfólio da Coca Cola Brasil, cresce anualmente dois dígitos e dobra de tamanho a cada três anos.
“A chave de nosso sucesso foi trabalhar com paixão para criar produtos pioneiros e atender a demanda crescente dos consumidores por produtos saudáveis e funcionais muito antes do tema estar em voga. Mais do que isso, nossa preocupação sempre foi oferecer produtos especiais, que quiséssemos consumir. Por isso, nunca abrimos mão de só produzir com leite fresco, recebido diariamente dos pecuaristas da região, que acompanhamos, capacitamos e certificamos” – explica Alessandro Rios.
A marca Verde Campo buscou um novo nicho para não concorrer com os clientes da consultoria. Foi então, que a empresa levou ao mercado brasileiro os primeiros iogurtes diet e light. Mas a virada de sua história se deu em 2011, com o lançamento da primeira linha sem lactose no Brasil – a LACFREE, que se tornou sinônimo de categoria.
“Tínhamos uma linha de produtos únicos que nos abriu as portas nos varejos do País. E fizemos um planejamento estratégico para expandir nossa distribuição para o Brasil inteiro” –conta Rios.
Em 2016, com um faturamento cinco vezes maior em comparação ao ano de lançamento de LACFREE, a empresa inaugurou uma nova categoria: lácteos proteicos. A linha Natural Whey, que é hoje carro chefe da empresa, é composta por iogurtes e shakes com 60% a 70% de sua composição proteica vinda do whey, levando praticidade e sabor a quem busca uma dieta rica em proteína de alta absorção.
Investimento em produtos naturais
Após ser referência entre os produtos funcionais, a Verde Campo pergunta-se como poderia fazer ainda melhor e manter sua perenidade. Decidiu revolucionar o mercado de lácteos e produzir apenas alimentos 100% naturais, retirando conservantes, corantes, aromas, adoçantes e espessantes artificiais. Mais do que um projeto, trata-se de um posicionamento da empresa, um compromisso com o consumidor, modificando todo o portfólio de iogurtes e queijos da Verde Campo e não apenas uma linha.
Entre produtos perecíveis, o desafio para retirar conservantes é ainda maior. Foram cinco anos para a concretização do projeto, que envolveu toda a cadeia de produção, como pecuaristas e fornecedores de polpa e fermentos.
Próximos desafios
A empresa agora troca seu comando. Arlindo Curzi, que participa do conselho administrativo da companhia desde o início, e já atuou nas áreas Industrial, Comercial e estava à frente da Diretoria de Inovação, agora assume o comando da Verde Campo. Alessandro Rios segue no conselho da empresa que fundou.
A Verde Campo segue crescendo em um ritmo acelerado – de dois dígitos por ano – e lançará 15 novos produtos ao longo de 2019. “O reconhecimento do propósito da nossa marca Verde Campo assegura que crises e diminuição de consumo da categoria não afetem nossas vendas” – conta Arlindo Curzi, novo CEO da companhia.
Para manter sua expansão, o desafio é aumentar o reconhecimento da Verde Campo em todo o Brasil em torno do tema 100% natural. “Queremos levar a alimentação leve e natural para todas as casas. Saúde e nutrição não interessam apenas para quem está de dieta ou adota um estilo de vida fitness. É para quem quer cuidar de seu bem-estar diariamente e levar saúde à mesa em todas as etapas da sua vida”.
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