Embora atendam as pressões do Planalto, as reduções de preços da gasolina anunciadas pela Petrobras estão respaldadas por critérios técnicos, segundo especialistas. E, mais do que isso, há espaço para novas quedas no preço do insumo.
O mesmo não acontece com o diesel, cujos preços da Petrobras estão acima da paridade internacional (PPI), mas têm pouca margem de manobra em função da alta volatilidade das cotações.
Segundo o analista Pedro Shinzato, da StoneX, a redução de 7% na gasolina na semana passada respeitou os preços de paridade internacional e poderia ter sido ainda maior. Em seus cálculos, o litro da gasolina em refinarias da Petrobras estava R$ 0,62 acima do PPI e, após o reajuste, ainda ficou R$ 0,36 mais caro que o preço de referência.
Com a redução, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro, uma redução de R$ 0,25 por litro.
Nos últimos dois meses, com a redução na alíquota do ICMS e três reduções nos preços em refinarias da Petrobras, o preço da gasolina ao consumidor, nas bombas, já recuou 24%, para R$ 5,75 ao fim de agosto, apurou o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), da Edenred Brasil.
Com informações de Estadão Conteúdo
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