Criada em 2020, a WeClever, salestech que acelera vendas de empresas B2C, busca utilizar uma nova metodologia para aumentar a conversão nas compras online. A pandemia foi um dos grandes responsáveis por acelerar o e-commerce e exigir que as companhias ocupassem espaço no virtual. Entretanto, não é somente a presença nesses ambientes que garante a venda e gera receita, sendo a conversão um dos maiores desafios.
Por trás do projeto está Rodolfo Reis, criador do Leiturinha, maior clube de assinatura infantil do Brasil. O empreendedor ocupa o cargo de CEO na nova empresa e destacou que o insight para a fundação da WeClever surgiu a partir de sua experiência com o antigo empreendimento.
“Ao sair da Leiturinha, percebi que o olhar para essa relação humana nos processos de aquisição e retenção de clientes era algo muito eficiente e muito pouco executado pelas empresas B2C com presença digital”, conta Reis. Ele ainda comentou que no caso da Leiturinha a empresa era ótima em vender, pois sabia aproveitar a oportunidade e otimizar o funil de vendas.
Com o desafio da conversão pela frente, a proposta da WeClever é utilizar o marketing conversacional para estabelecer uma relação, no momento ideal, com o cliente e conseguir gerar a venda. “O consumidor está dando muito mais valor. Depois da pandemia, as pessoas querem ser tratadas, ouvidas e que o outro lado seja empático”, destaca.
Para descobrir o momento certo para estabelecer uma comunicação, a companhia desenvolveu um sistema próprio que aponta o momento ideal para a abordagem. “Geramos um algoritmo de lead score que aponta qual o cliente está mais próximo da conversão dentro da jornada de compra. Isso vai para um time de consultores nosso que inicia uma conversa com o consumidor”, explica Rodolfo.
O CEO ainda ressaltou a importância de se estabelecer esse contato mais humanizado para gerar conversão que melhora a relação e a percepção do cliente com a marca. “A NRF deste ano mostrou exatamente isso, que nós precisamos nos preocupar com a experiência”, finaliza.
Atuação
O foco atual da WeClever é o B2C, atuando principalmente em 4 “pilares”, como disse Rodolfo Reis. O primeiro com empresas financeiras, como Banco BV, Banco Neon e Digio. No segundo pilar estão as empresas de serviço, como Wine, Petiko e outros clubes de assinatura. Em terceiro vem o varejo, com Casa e Vídeo, Grupo Soma e PneuStore. Por último, o pilar educacional, com a Kroton.
“O atendimento humanizado diminui a fricção na jornada de compra. Estamos ajudando empresas a aumentarem as vendas em até 39% e, além disso, ajudamos a construir relacionamentos com seus clientes”, ressalta Reis.
Com a Wine, a parceria ajudou a receita a crescer em quase 50% e diminuiu o churn em aproximadamente 80%, segundo dados da WeClever. Com o Banco BV, no primeiro mês de parceria foi registrado um aumento de 23% na ativação de cartões e uma quantidade significativa de feedbacks positivos para o atendimento.
Para isso, a WeClever apostou na criação de uma rede de consultores que segue o modelo de gig economy, modelo que permite que pessoas trabalhem com flexibilidade prestando serviço de vendas com o apoio da companhia. Ao todo, são mais de 500 consultores, que também passam por um processo de identificação para atuarem com um segmento que tem familiaridade.
Projeções
Para este ano, a WeClever prevê triplicar o tamanho da empresa e planeja dobrar o faturamento até o final de 2022. Rodolfo ainda contou que para os próximos 3 anos a meta é consolidar a empresa como a maior plataforma de marketing conversacional do Brasil. Ele também comenta que a empresa tem conversas com Venture Capitals (VC), mas que não é a prioridade no momento, visto que a empresa gera Ebitda.
“Estamos em um bom momento, de continuar crescendo, porque não precisamos de um fundo VC. Mas eventualmente, se fizer sentido e for estratégico, está dentro do nosso roadmap nos próximos meses”, finaliza o CEO.
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