Divulgada recentemente, a pesquisa de intenção de compras, encomendada à PiniOn pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), apontou uma maior disposição dos consumidores brasileiros para comprar presentes no Dia das Crianças. O ticket médio esperado será entre R$ 50 e R$ 200. Foram entrevistadas 1.700 pessoas em todas as regiões do País.
De acordo com a pesquisa, 45,6% dos entrevistados afirmaram que vão às compras, 38,4% não comprarão presentes e 16% estão indecisos. O cenário, de acordo com o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, sofreu mudanças, se comparado com a pesquisa realizada no ano passado. “Aumentou a proporção dos que manifestaram intenção de compra este ano e diminuiu a quantidade de pessoas que não pretendem presentear”, disse.
Entre o grupo de entrevistados que planejam comprar presentes para o Dia das Crianças, 41,7% disseram que estão dispostos a gastar mais do que em 2021, enquanto 34,2% desejam o contrário. A maioria, 76,1%, respondeu que vai desembolsar entre R $50 e R $200 com os presentes este ano.
Compra presencial
A preferência dos entrevistados em adquirir produtos em pequenas lojas também representa a maioria (44,8%) das respostas. A forma de pagamento mais citada foi à vista. O que, segundo o economista, chama a atenção, se comparado com os anos anteriores, mas pode ser explicado pelo maior custo do crédito.
“Em geral, nas intenções de compra captadas, continuam prevalecendo artigos tradicionalmente para a data, tais como roupas, calçados e acessórios. Presentes como, por exemplo, boneca, bola, bicicleta e carrinho não saíram de cena. Eles representam 19%, 13%, 11% e 14%, respectivamente”, comenta Ruiz de Gamboa.
Por sua vez, a participação dos serviços, representados por ingressos para cinema, teatro, zoológico, parque aquático, etc. (6,1%) e pelas viagens (5,8%), continuam diminuindo a importância das intenções de compra.
Para o economista, o comportamento de compra dos consumidores voltou ao que era anteriormente à pandemia. “As perspectivas de vendas para 2022 são mais favoráveis do que no ano passado em função do avanço da ocupação, da injeção de recursos feita pelo Governo Federal e do aumento da confiança do consumidor”, explica.
Imagem: Shutterstock