A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) anunciou nesta segunda-feira, 4, o retorno da Azul ao quadro de associadas da entidade. Com isso, a companhia se junta a Gol e Latam, consolidando a participação das três principais aéreas do País na associação. A Azul tinha deixado a Abear em 2019 em meio a divergências com as concorrentes.
Para a presidente da Abear, Jurema Monteira, o retorno da Azul é uma oportunidade para a construção de uma agenda de longo prazo que contemple medidas estruturantes.
“Acreditamos que, juntos, avançaremos mais rapidamente com as principais pautas que contribuirão para que a aviação comercial brasileira siga em crescimento”, complementou o CEO da Azul, John Rodgerson. Como exemplo de desafios para o setor, destacou a excessiva judicialização, desvalorização cambial e o alto preço do querosene de aviação (QAV).
O CEO da Gol, Celso Ferrer, avalia que voltar a ter as três maiores companhias aéreas que operam no Brasil participando da entidade fortalece a indústria, ajudando “a endereçar a agenda do setor de forma ainda mais efetiva e eficiente”.
“As empresas representadas pela Abear têm o mesmo objetivo: desenvolver um setor forte e saudável. Uma atuação mais coesa do setor pode acelerar este desenvolvimento”, reforçou o CEO da Latam, Jerome Cadier.
Acordo de suporte com detentores de dívida 2028, 2029 e 2030
A Azul informou, nesta segunda-feira, 28, que celebrou um acordo com credores de suporte à transação entre a companhia aérea, algumas de suas subsidiárias e um grupo ad hoc de detentores de títulos de dívida com garantia e vencimentos em 2028, 2029 e 2030, e das debêntures conversíveis existentes (credores apoiadores). Ainda segundo o acordo, os credores apoiadores concordaram em fornecer recursos e apoiar as transações anunciadas mais cedo. O pacto firmado está sujeito a termos e condições, incluindo a finalização da negociação e da documentação definitiva.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que os credores apoiadores representam mais de 66,7% dos títulos com garantia prioritária de e vencimento em 2028, mais de 66,7% dos títulos com garantia secundária e vencimento em 2029, e mais de 66.7% dos títulos com garantia secundária e vencimento em 2030 e 95,6% das debêntures conversíveis existentes.
Segundo a empresa, os credores apoiadores concordaram em fornecer US$ 150 milhões de dívida com vencimento em 90 dias, período durante o qual a Azul trabalhará para finalizar e satisfazer as condições necessárias para obter o financiamento adicional com garantia prioritária mencionado abaixo, quando será disponibilizado o valor adicional de US$ 250 milhões, com o potencial de mais US$ 100 milhões condicionados a melhorias adicionais no fluxo de caixa.
Com informações de Estadão Conteúdo (Elisa Calmon).
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