Nesta quinta-feira, 5 de dezembro, acontece o Summit Sportlab, evento que reúne alguns dos principais líderes do esporte brasileiro para falar sobre gestão e governança no esporte, sendo realizado pela associação Sou do Esporte em parceria com a Sportlab, nova integrante de negócios do Grupo GS& Gouvêa de Souza.
Mauricio Portela, diretor de Marketing do Clube de Regatas do Flamengo; Duda Magalhães, sócio e presidente da Dream Factory; Álvaro Cotta, diretor de Marketing na Liga Nacional de Basquete (NBB) participaram do evento debatendo a “Experiência do fã: cases de sucesso do esporte brasileiro”. A mediação foi feita por Luiz Paulo Moura, sócio-diretor da Sportlab.
Luiz Paulo começou a conversa destacando a importância do entretenimento. “Pesquisas recentes mostram que o entretenimento é mais importante para a sobrevivência do que a saúde. E, claro, entretenimento é saúde”, disse o executivo.
Cotta contou que a realização do Jogo das Estrelas se tornou um grande evento de entretenimento e que ativa os fãs. “Nos últimos anos estamos complementando algumas ações. É um evento de aproximadamente quatro dias, com muitas ações de ativação dos nossos patrocinadores. Tem distribuição de brindes e muito mais”, contou o executivo.
Apenas na última edição 478 conteúdos foram lançados online. Há três anos o show do intervalo foi incluído no evento, “por ser um evento mais promocional, ele permite a administração do tempo de intervalo. O primeiro show foi do Jota Quest, patrocinado pela Sky”, contou o diretor da NBB. Além disso, o McDonald’s distribuiu vouchers no evento, tendo um retorno de 40% de ida do público às lojas. Isso é bem mais do que a empresa costuma conseguir com outras ativações.
Magalhães destacou a importância da experiência ao vivo e do digital neste cenário. “Ele é importante porque permite interação e dá volume. A pessoa ao vivo tem peso 3, peso 30, porque quando ela está fisicamente presente, com todos se emocionando junto, é outra experiência”, explicou.
Esta vivência ao vivo é uma grande oportunidade de negócio, pois gera patrocínio e bilheteria. Por outro lado, outras formas de mensurar e rentabilizar o contato com os fãs devem surgir, fora, do evento ao vivo.
“A Maratona do Rio, por exemplo, tem 44 mil inscritos. Eu posso esperar o dia da prova para interagir com esse corredor. Mas se eu tiver cabeça de gestor de comunidade, eu interajo com ele o ano todo. A pessoa que se inscreveu na prova há dez meses, logo vai mudar a alimentação, acordar mais cedo para treinar. É uma grande oportunidade e esse tipo de ação deve crescer cada vez mais”, disse o presidente da Dream Factory.
Portela destacou que o momento é ótimo para o clube, com o recente título na Libertadores da América. “Nosso estádio, onde estamos colocando 55 mil pessoas em quase todos os jogos, é o local em que o torcedor se emociona e não esquece para quem torce. Ele oferece uma experiência única, mesmo com todo o universo digital. Mas nas redes nós somos o time mais comentado”, afirmou o executivo do Flamengo.
Portela destacou que é preciso ter o torcedor como centro, com ações como permitir ir ao estádio com o ingresso no bolso, sem precisar ir para a bilheteria buscar, o que traz segurança. “É preciso se preocupar com ele, criar uma relação”, disse o executivo.
Imagem: Mateus Souto/R1