O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, disse que a Shell tem sete projetos de energia solar fotovoltaica no estágio de decisão final de investimentos (FID, na sigla em inglês) para serem implementados até 2030, mas que dependerão das condições de mercado.
Ele também informou que as duas comercializadoras de energia, a Shell Energy Brasil e a Prime Energy, inteiramente comprada pela Shell em julho, serão mantidas separadas, funcionando cada uma com estrutura própria.
Quanto aos projetos futuros em solar, o executivo disse que cada um têm capacidade entre 150 megawatts (MW) e 550 MW, compondo um portfólio de 3 gigawatts (GW). Cada projeto tem um desenho próprio, o que pode incluir parcerias ou não, disse Pinto da Costa.
Marlim Azul
Ao ser questionado sobre os planos de expansão da termoelétrica Marlim Azul, Pinto da Costa indicou que a companhia não tem pressa para tirá-lo do papel na atual conjuntura, com os preços da energia elétrica em mínimos históricos. Recém-inaugurada em Macaé, no norte do Rio de Janeiro, Marlim Azul é uma sociedade entre o majoritário Pátria Investimento e os minoritários Shell e Mitsubishi.
O Pátria já tornou público os planos de replicar a usina, com a construção de nova unidade em terreno contíguo, mas a conjuntura do setor e limitações estruturais para viabilizar mais gás do pré-sal a uma nova unidade são obstáculos.
“Vamos olhar as oportunidades de investir ou não em Marlim Azul, assim como investir ou não em energia solar. Isso depende muito da demanda do mercado e do preço da energia, que hoje está historicamente nos pontos mais baixos. É difícil justificar um investimento tradicional em geração agora porque os reservatórios do País estão muito cheios. Mas isso muda bastante e, caso haja viabilidade econômica, vamos avaliar”, disse o executivo.
Com informações de Estadão Conteúdo (Caroline Aragaki)
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