A Eletrobras decidiu retornar ao teletrabalho após o registro de nove novos casos de covid-19 entre seus empregados, terceirizados e estagiários, e mais nove casos suspeitos, uma medida que já havia sido tomada no final do ano passado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo comunicado interno a que o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) teve acesso, “dado o crescente número de casos de covid-19 e Influenza no município do Rio de Janeiro, a diretoria executiva determinou que todos os colaboradores retornem ao regime de teletrabalho. A decisão, de caráter excepcional, é válida a partir de hoje , 6, até o dia 21 de janeiro”.
Conforme a estatal, o limite de casos estipulado para a decisão é de 10 casos de contaminações na empresa.
Os empregados da Eletrobras já haviam conseguido na Justiça o direito de não assinar um documento imposto pela holding para quem não se sente seguro de voltar ao trabalho presencial na segunda-feira, 3. Esta já é a sexta liminar obtida pela categoria contra a volta às instalações da empresa desde o início da pandemia de covid-19.
Segundo o Boletim de Monitoramento do covid-19 do Ministério de Minas e Energia, descontinuado pelo ministério desde meados de dezembro de 2021, 3.638 dos 10.872 empregados da Eletrobras foram contaminados na pandemia e 36 morreram, marca inferior apenas aos 59 trabalhadores da Petrobras mortos pela doença.
O novo surto de covid-19 tem provocado impacto também nos voos da companhia aérea Azul.
Alerta da OMS
A variante Ômicron do coronavírus, mais infecciosa, parece provocar formas menos graves da doença do que a Delta, mas não deve ser classificada como “leve”, disse nesta quinta o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.
Em entrevista, ele repetiu o apelo por maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.
Tedros Adhanom alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial sejam totalmente vacinados até julho.
Esse objetivo é visto como ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.
Com informações de Estadão Conteúdo (Denise Luna) e Agência Brasil
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