“Temos visto uma grande ‘festa’ de fintechs se beneficiando da abertura do mercado. Então, fizemos uma pesquisa com cinco importantes pontos com um paralelo do mercado em relação a isso”, pontuou Arnaldo Blasques, sócio da AJ Blasques Consultoria. De acordo com ele, existe uma avalanche de informações sobre o varejo. Então, como tirar proveito delas para o negócio?
Arnaldo, em parceria com a Karen Cavalcanti, sócia-diretora da Mosaiclab, realizou uma pesquisa esclarecedora sobre o tema e a dividiu da seguinte forma:
- Juro real próximo a 0: tudo precisará sem repensado. A rentabilidade dos bancos vai mudar e os custos envolvidos não serão os mesmos. O estoque será, assim, considerado um investimento;
- Cadastro positivo: ao contrário do que sempre olhamos, é necessário pensar na positividade. Será necessário informar aos seus concorrentes e parceiros a positividade de seus parceiros e, assim, muda-se o mindset;
- LPGD: é necessário tomar conta dos dados de seu cliente e afirmar que sua empresa é confiável, pois possui um selo de qualidade;
- Open Banking: um grande marketplace de bancos. Com ele, o cliente estará no centro das atenções, podendo acessas seus dados de qualquer bando por meio da plataforma mais conveniente, seja do seu banco ou não;
- Pagamentos Instantâneos: digitalização efetiva do dinheiro. As transações serão em tempo real com a comodidade de interoperabilidade com qualquer cliente ou instrumento de pagamento.
Para complementar, Karen colocou: “vejo um cenário muito positivo para a economia brasileira”. Em sua pesquisa, ela percebeu que o LGPD é algo que os varejistas já aproveitam em seus negócios, mas os outros tópicos, não estão.
Ela finalizou afirmando que as pessoas muitas vezes não têm conhecimento sobre os assuntos citados acima. Em contraponto, estão com sede de saber sobre todos os assuntos, mesmo que complexos.
No debate sobre o tema, Sergio Borriello, CEO da Pernambucanas, afirmou que o consumidor, hoje, pode realizar muitas funções em uma loja. Como em um super app, quem consome pode ir à loja comprar, pagar contas, abrir uma conta digital, sacar dinheiro.
Arnaldo Blasques, Sócio da AJ Blasques Consultoria, ressaltou a importância da facilidade do consumidor, atualmente. Antes, era necessário ser um grande banco para conseguir ter o direito de possibilitar ao consumidor transações, por exemplo. Hoje, não mais.
Bernardo Lustosa, CEO da ClearSale, vai de acordo ao pensamento de Blasques. Ele comentou sobre a liderança da ClearSale na segurança do varejo online. De todas as iniciativas, ressalta que a democratização dos serviços financeiros é extremamente relevante para o varejo. “Todos os clientes, até os muito pequenos, poderão ter acesso e oferecer serviços financeiros.”
Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral do Grupo GS& Gouvêa de Souza colocou que os segmentos de transporte e alimentação são os maiores players varejistas. “Muitos estão embarcando nisso, por acreditarem na rentabilidade.”
O debate também envolveu tecnologia e informação Marcelo Azevedo, CFO do Grupo O Boticário, afirma que a conta digital para os vendedores das lojas é importante, pois, baseado nisso, a organização comercial se estabelece.
* Foto: Rodrigo Augusto